O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, declarou que "não é possível fazer dois Grandes Prêmios (GPs) na Itália" e disse ser preferível a criação de circuitos em "novos mercados".
"Não é uma reprovação de Roma. O problema é que, com base na tendência geral das equipes, não podemos fazer dois GPs na Itália", atestou o chefe da escuderia italiana.
Sua declaração fez coro ao presidente da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, que no dia 13 também se manifestou, após o prefeito da capital italiana, Gianni Alemanno, insistir que gostaria que o país recebesse mais uma competição da corrida ao ano. Alemanno defende esta proposta desde 2009, contra a qual também se manifestou no ano passado a prefeita de Milão, Letizia Moratti.
A defesa por parte de Ecclestone demonstra uma mudança em sua postura, que em março de 2010 chegou a anunciar a inclusão de Roma no calendário da competição, o que faria as escuderias terem que competir em 20 provas a partir de 2013, de acordo com o plano anunciado na época.
Segundo Montezemolo, "como disse durante a ceia de Natal em Maranello, a tendência geral da equipe [da Ferrari] era de não participar de certo número de Grandes Prêmios".
Ele opinou que "seria preferível dar lugar a novos países e novos mercados, primeiro entre os Estados Unidos ou a Índia, em vez de ter dois GPs na Alemanha, na Espanha ou eventualmente na Itália". "O problema é decidir onde, assegurando o papel histórico de Monza", comentou.
A proposta de a Itália sediar uma segunda prova da Fórmula 1 não é nova. No ano passado, o ex-diretor da Renault Flavio Briatore classificou a sugestão como "excessiva".
Sobre uma possibilidade levantada de Monza e Roma se alternarem a cada ano para receber o GP da Itália, o administrador da escuderia considerou que "depende de Ecclestone gostar, de haver condições e de Monza e Roma aceitarem". "O que é certo é que na Itália não podemos fazer dois GPs, porque Monza detém um Grande Prêmio permanente e histórico. Porém, todos os caminhos são possíveis", completou.
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