Florença - Quatro fileiras de bancos no auditório de uma escola secundária. Os primeiros 20 imigrantes enfrentaram em Florença o teste de italiano para conseguir a autorização de residência de longo período: peruanos, albaneses e uma mulher siberiana, além de duas mães com seus filhos. Ao todo, foram 170 os imigrantes que ontem (17) se submeteram ao primeiro teste em Florença e em Borgo S.Lorenzo (Florença), e 10 em Asti.
Em muitas outras cidades já estão programadas as provas para aqueles que já fizeram o pedido, de um total de 6.764.
Foi o primeiro dia do teste em italiano para os imigrantes conseguirem o visto de residência prolongada, com base no decreto que entrou em vigor em 9 de dezembro passado e que foi publicado em 4 de junho desse mesmo ano pelos ministros Roberto Maroni (Interior) e Mariastella Gelmini (Educação).
Na capital toscana os testes foram feitos em duas escolas. Houve um teste de audição, que durou cerca de 25 minutos, outro de leitura e compreensão (outros 25 minutos) e um de produção (cerca de 10 minutos).
O teste, disse a prefeitura de Florença, foi desenvolvido e supervisionado pela Direção Provincial de Educação, de acordo com as instruções do Ministério do Interior. Foram coletadas questões, enviadas online, e verificados os requisitos de acesso dos estrangeiros. Foram 170 os imigrantes que a partir desta segunda-feira (17) se submeteam ao teste por tempo indeterminado. As sedes que realizaram os exames foram A. Di Cambio-Beato Angelico de Florença, e Giovanni della Casa, no Borgo San Lorenzo.
As provas seguintes estão agendadas para 19, 25, 27, 28 e 31 de janeiro em Florença (escola Arnolfo di Cambio - Beato Angelico) e 18 de janeiro em Borgo San Lorenzo. Os candidatos terão que ter um documento de identidade válido e comparecer ao local às 8h30 na sede designada para o registro.
TRÊS PROVAS PARA SUPERAR - A primeira prova consistiu em ouvir uma gravação (para testar a compreensão oral), por exemplo, um diálogo entre duas pessoas. Na sequencia, foi apresentada uma lista de perguntas ao candidato, que voltou a ouvir a conversa. Neste ponto, o imigrante teve três opções de respostas: de múltipla escolha, por associação, verdadeiro/falso.
Para o segundo teste (prova de compreensão escrita), foi entregue um texto curto, seguido de perguntas e cujas respostas seguiram o mesmo critério citado acima, além da opção de completar uma frase.
Na terceira prova (texto escrito) foi dado um tema. O candidato teve que escrever um texto curto, por exemplo um cartão postal para enviar aos amigos, explicando onde está, o que está fazendo, etc.; ou responder a um e-mail;, ou ainda o preenchimento de um ou mais módulos.
O candidato é aprovado na prova se obtiver mais de 80% de acertos na pontuação total dos testes. Em caso negativo, o imigrante poderá apresentar imediatamente nova solicitação.
PERPLEXIDADE DAS ACLI - Segundo o patronato das Acli, seria desejável que o teste fosse feito depois de um percurso proposto aos estrangeiros de língua e educação cívica. "São 400/450 mil a cada ano - explica o responsável pelo serviço de imigração, Pino Gulia - os estrangeiros que poderiam ter os requisitos para o ex-Visto de Estadia. O teste poderia atrasar as regularizações. Se ao contrário os candidatos já tivessem os requisitos para a autorização, só precisariam aguardar para prestar o exame.
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