segunda-feira, 13 de junho de 2011

Aniversário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro



O Jardim Botânico localiza-se no bairro de mesmo nome, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
Uma das mais belas e bem preservadas áreas verdes da cidade, é um exemplo da diversidade da flora brasileira e estrangeira. Nele podem ser observadas cerca de 6.500 espécies (algumas ameaçadas de extinção), distribuídas por uma área de 54 hectares, ao ar livre e em estufas.

O Jardim abriga ainda monumentos de valor histórico, artístico e arqueológico, além de um importante centro de pesquisa, que inclui a mais completa biblioteca do país especializada em botânica, com mais de 32 mil volumes.

A sua origem remonta à transferência da corte portuguesa para o Brasil, entre 1808 e 1820. Fixando-se na cidade do Rio de Janeiro, então alçada à condição de sede do Império Português, a mudança trouxe diversas oportunidades e melhorias para a cidade, dentre elas a implantação de uma fábrica de pólvora na sede do antigo "Engenho da Lagoa", de propriedade de Rodrigo de Freitas, cujas ruínas dos muros atualmente integram os limites do Jardim Botânico.

Recém-chegado, por decreto de 13 de junho de 1808, o Príncipe-regente Dom João de Bragança, filho da rainha Maria I de Portugal, criou no espaço daquele antigo engenho o Jardim de Aclimação, com a finalidade de aclimatar as plantas de especiarias oriundas das Índias Orientais: noz-moscada, canela e pimenta-do-reino.

No mesmo ano, a 11 de outubro, recebeu o nome de Real Horto. A sua direção foi entregue ao marquês de Sabará, diretor da vizinha fábrica de pólvora, que também tinha conhecimentos de botânica, sendo depois substituído no cargo pelo tenente-general Carlos Antônio Napion. Em 1810, de acordo com o "Dicionário de Curiosidades do Rio de Janeiro", o prussiano Kaucke transformou-o em uma estação experimental. Para esse fim tinha à sua disposição escravos, instrumentos, morada e percebia mais de 800 mil réis por ano. Nos viveiros já havia mudas de cânfora, nogueira, jaqueira, cravo-da-índia e outras plantas do Oriente.

Com a proclamação da independência do Brasil (1822) o Real Horto foi aberto à visitação pública, no mesmo ano, como Real Jardim Botânico. Posteriormente passou a chamar-se Imperial Jardim Botânico, designação que perdurou no período imperial (1822-1889). Adquiriu, a partir de então, foros de botânico, uma vez que o seu diretor passou a ser o carmelita frei Leandro do Santíssimo Sacramento, professor de botânica reconhecido pelos seus estudos da flora brasileira. Frei Leandro introduziu melhoramentos e organizou um catálogo das plantas ali cultivadas, tendo sido o orientador das aléias de mangueiras, jaqueiras, nogueiras e outras, assim como das cercas de murtas, crótons, hibisco.

Em sua homenagem, uma das dependências do jardim tem o seu busto e o lago principal recebeu o seu nome.

Saiba mais sobre o Jardim Botânico
 
 
Aniversário do Jardim Botânico

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro preparou uma programação especial para seu aniversário de 203 anos, na segunda-feira, 13 de junho.

Numa parceria com o Planetário, na noite do dia 13, haverá observação do céu por meio de um telescópio refrator portátil, que será trazido especialmente para o evento. O telescópio será instalado no gramado do Centro de Visitantes (onde já há um relógio de sol que foi presenteado pelo Planetário em 2008, no bicentenário do JBRJ). Serão observados a Lua, Saturno e estrelas duplas, sob a orientação dos astrônomos Naelton Araújo e Jorge Marcelino, do Planetário, das 19h às 20h.

Também às 19h, vamos inaugurar o passeio noturno mensal. Uma vez por mês, sempre na semana de lua cheia, um grupo de 15 visitantes será guiado pelas aleias do nosso arboreto e poderá saber mais sobre o comportamento da fauna que habita o Jardim Botânico. O grupo será guiado pela bióloga Cristiane Rangel e pelo técnico Gustavo Tato.

Faz parte da programação ainda a inauguração da exposição Suite Autumn Leaves, com fotografias de Sérgio Araújo, no Espaço Tom Jobim - no anexo à Casa do Acervo - dia 13, às 19h30. A realização é do Instituto Antônio Carlos Jobim.

Haverá programação especial também durante o dia:

- às 9h, a comemoração começa com o plantio, pelos funcionários, de 37 mudas de diferentes espécies árboreas (a maioria nativas) e de uma nova palmeira-imperial próxima ao chafariz central;

- às 10h e às 15h, teremos a Trilha das Árvores Nobres, um passeio guiado em que os visitantes são apresentados às principais espécies de árvores existente no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Agendamento para o público no Centro de Visitantes (3874-1808 ou 3874-1214).

Aviso: devido a atividades internas, no dia do aniversário, as visitas guiadas de carrinho elétrico e a pé não acontecerão às 11h, 13h e 14h; no resto do dia funcionarão normalmente.

A mostra Cine Gaia acontece no Centro de Visitantes, Rua Jardim Botânico, 1008. Grátis.

"Um lugar ao sol" no Cineclube
terça-feira, 14 de junho, o Cineclube do Jardim exibe o filme Um lugar ao sol (A Place in the Sun), de 1951, dirigido por de George Stevens. No elenco estão Montgomery Clift, Elizabeth Taylor e Shelley Winters. Filme legendado com 122 minutos de duração. O Cineclube tem curadoria de Walter Lima Junior e funciona no Centro de Visitantes, Rua Jardim Botânico, 1008. Grátis.

Informações da Newsletter Jardim Botânico
 
imagem arquivo virtual Google

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