Da Reuters - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, anunciou nesta quinta-feira (30) a adoção de um plano de austeridade que pretende reduzir o déficit público para 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2014.
O plano foi adotado em uma reunião de gabinete que ocorreu em meio a tensões no governo por conta de preocupações crescentes de investidores sobre o risco de contágio da crise da dívida grega para outras partes da zona do euro.
"Um orçamento equilibrado deve ser um objetivo comum", disse Berlusconi, pedindo aos partidos de oposição que apoiem o plano quando este for para o Parlamento.
O premiê da Itália, Silvio Berlusconi, e o ministro de Finanças, Giulio Tremoni, em entrevista nesta quinta-feira (30) em Roma (Foto: AP)
O plano "não pretende substituir o governo, que foi eleito com legitimidade e permanecerá no poder até o fim de seu mandato".
Berlusconi e seu partido, Povo da Liberdade, sofreram fortes derrotas nos últimos meses nas eleições locais e em uma série de referendos, sendo que vários analistas previram a saída do premier de 74 anos.
Falando em entrevista coletiva ao lado de Berlusconi, o ministro da Economia, Giulio Tremonti, disse: "Não é apenas um objetivo econômico, também é um objetivo moral e cívico. Um país em déficit tem um déficit de honestidade", disse.
Na Grécia
Também nesta quinta, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, obteve uma maioria do Parlamento nesta quinta-feira (30) em favor da implementação de um plano de austeridade de cinco anos, requerido por União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI) para liberar ajuda financeira. O Parlamento aprovou a lei detalhada para implementação de um plano de austeridade de cinco anos, por 155 votos a 136, assegurando acesso a ajuda. Eram necessários pelo menos 151 votos, de um total de 300 parlamentares.
União Europeia e FMI demandaram que a Grécia aprovasse o plano antes de desembolsar 12 bilhões de euros da próxima parcela do pacote de ajuda concedido ao país.
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