sexta-feira, 27 de julho de 2012

Restos mortais de Giuseppe Garibaldi serão exumados


"Em setembro, abriremos a tumba de Garibaldi e descobriremos se de fato ali, em Caprera, repousa o seu corpo embalsamado". O anúncio foi feito por Anita Garibaldi, bisneta de Giuseppe Garibaldi - herói da unificação italiana, morto em 1882 -, durante coletiva de imprensa, realizada nesta quinta-feira (26), em Roma, para a apresentação da iniciativa de “Riesumazione dei resti mortali di Giuseppe Garibaldi”.

A exumação, aprovada há alguns meses pelas autoridades italianas, será patrocinada pelo Ministério de Bens Culturais da Itália e a execução caberá à equipe de Silvano Vinceti, presidente do Comitê nacional para a valorização dos bens culturais e ambientais, que foi o responsável pelo reconhecimento dos restos mortais de Caravaggio e, agora, da Monna Lisa, retratada por Leornado Da Vinci.

O objetivo da iniciativa é cumprir a vontade do revolucionário, cujo corpo foi enterrado na pequena ilha do arquipélago de La Maddalena, ao norte da Sardenha, segundo Anita Garibaldi, contra sua vontade, que era a de ser cremado e suas cinzas enterradas. Além disso, será coletado material genético para compará-lo com o dos seus descendentes. Também é cogitado aplicar um tratamento químico que permita uma melhor conservação do corpo, se não for feita a cremação.

A bisneta afirmou, ainda, que "há sinais evidentes, que fazem pensar" que o túmulo de Garibaldi tenha sido aberto nestes 130 anos e apontou a possibilidade de que, inclusive, os restos do herói não estejam no lugar onde se acredita terem sido enterrados.

Já segundo Silvano Vinceti, é possível que os restos mortais estejam em um estado pior do que o previsto porque o corpo do revolucionário teria sido embalsamado "tarde" e de forma "mal feita", podendo ter se "pulverizado". Em sua opinião, a dificuldade será determinar, caso os restos sejam realmente encontrados, a escolha entre um novo tratamento dos restos mortais ou a cremação, como era a vontade do próprio Garibaldi. Discute-se a transferência do "Herói dos dois Mundos" para o Panteão de Roma, onde repousam grandes homens da Itália, como os reis Humberto I e Vittorio Emanuele de Sabóia, e o pintor Rafael Sanzio de Urbino.

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