quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dossiê Caritas: Itália tem mais de 5 milhões de imigrantes legais

altEstrangeiros representam 10% dos trabalhadores do país

Até o final do ano passado, o número de imgrantes que vivam regolarmente na Itália era de mais de 5 milhões de pessoas, o que representa 8,2% da população total do país. Os dados fazem parte do último Dossiê Estatístico da Caritas Migrantes, divulgado em Roma no início desta semana. Com o slogan “Não apenas números”, a publicação ressalta a importância de que a avaliação do fenômeno migratório leve em conta a dignidade dos imigrantes.

Confimando a tendência registrada nos anos anteriores, os principais países de proveniência dos imigrantes que vivem na Itália são Romênia, com 997 mil pessoas, seguida pelo Marrocos, com 506 mil, Albânia, com 491 mila, China, com 278 mil, e Ucraína, com 223 mil. A maioria dos estrangerios vive na regiões do centro e norte da Itália (63%).

Mesmo em menor ritmo, a presença estrangeira no país aumentou também em 2011. As autoridades italianas no exterior expediram 231 mil vistos para a residência estável na Itália, enquanto 263 mil permissões de estadia tiveram o prazo de validade vencido e não foram renovadas. O motivo, segundo o coordenador do estudo, Franco Pittau, deve-se à não renovação do contrato de trabalho de muitos estrangeiros.

De acordo com Pittau, a situação não seria “tão preocupante se o governo italiano tivesse aprovado tempestivamente, a medida que prorogou de 6 meses para um ano a duração da permissão de estadia para quem está a procura de emprego”.

Os números relativos à imigração são muito superiores aos registrados pelo Censo italiano, ao qual responderam 3,8 milhões de estrangeiros. Segundo Pittau, “o Censo não atingiu todos os imigrantes porque, provavelmente, muitos temiam algum tipo de retaliação devido ao clima de medo proposto pela campanha eleitoral em  2011”.

O número de estrangeiros empregados é de cerca de 2,5 milhões de pessoas, 10% do total de trabalhadores do país. Além do setor doméstico, as principais ocupações são na construção civil e na agriculutra, mas há imigrantes empregados em diversas outras áreas como na atividade marítima e no futebol. O número de estrangeiros empresários também aumentou, chegando a 249 mil pessoas (21 mil a mais que no ano anterior).

Evidentemente, a crise influenciou também a taxa de ocupação entre os imigrantes, aumentando o número de desempregados (310 mil) e deixando muitos na iminência de perderem a permissão de estadia.


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