quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

RSF: o mapa da mordaça à imprensa



      Roma -  A legislação "ruim" sobre a imprensa continua na Europa e "especialmente na Itália, onde a difamação ainda precisa ser descriminalizada" e se faz um "uso perigoso das leis da mordaça". É o que afirma Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que posiciona a Itália em 57º lugar no mundo, depois de Botsuana e Níger, entre outros, em seu relatório de 2013.

      "O relatório 2013 de RSF sobre a liberdade de imprensa no mundo confirma também este ano a situação crítica da Itália", comenta Roberto Natale, ex-presidente da Federação Nacional de Imprensa, agora candidato ao Senado pelo partido Sinistra Ecologia Libertà (SEL, Esquerda Ecologia Liberdade) na Úmbria. 


      "A posição de nosso país é basicamente a mesma (do 61º para o 57º lugar): apesar do governo ter passado de Berlusconi para Monti, estamos bem longe da maioria das democracias da Europa ocidental porque a difamação ainda precisa ser descriminalizada e as instituições ainda reproduzem perigosamente as leis da mordaça. É uma classificação tão constrangedora quanto a financeira e que convida a coalizão progressiva a ações decisivas de reforma na próxima legislatura", observa Natale.


      "É preciso resgatar a posição da Itália, acrescenta o expoente do SEL, intervindo sobre os conflitos de interesse e as corporações publicitárias, e banindo toda as formas de intimidação legislativa sobre as atividades de jornalistas e blogueiros".


      O relatório RSF também destaca com preocupação que "o modelo europeu está se despedaçando", embora 16 dos membros da União ainda estejam no top 30. Não pode ficar sem resposta o alerta lançado sobre a situação na Hungria (pela sua legislação repressiva) e na Grécia (onde "os jornalistas são vítimas de violência tanto dos grupos extremistas como da polícia"). "Se a União Europeia quer provar que têm uma alma civil e que não são apenas as regras econômicas que mantém seus países unidos, deve erguer sua voz em defesa da informação ameaçada", afirmou Natale. 



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