sábado, 19 de outubro de 2013

Marcha contra austeridade do governo da Itália termina em tumulto


Reuters

Manifestantes atiraram garrafas e ovos contra poliícia e bancos.
Protesto era contra desemprego e cortes do governo.

Da Reuters
 

Tumultos foram registrados em Roma neste sábado (19), quando dezenas de milhares de pessoas marcharam pela capital da Itália para protestar contra o desemprego, cortes do governo e grandes projetos de construção que dizem tirar dinheiro de serviços públicos.

Os manifestantes atiraram garrafas em uma van da polícia e ovos em bancos e no Ministério da Economia. 

A polícia interveio para manter manifestantes de direita longe dos protestos.

O protesto ocorre em um momento em que o primeiro-ministro Enrico Letta está tentando unir seu frágil governo de coalizão de esquerda-direita e luta para tirar a Itália de sua pior recessão desde o pós-guerra.


Manifestante depreda fachada durante manifestação contra austeridade realizada em Roma neste sábado (19) (Foto: Alberto Pizzoli/AFP) 
Manifestante depreda fachada durante manifestação contra austeridade realizada em Roma neste sábado (19) (Foto: Alberto Pizzoli/AFP)
 
O orçamento de Letta para 2014, revelado na terça-feira, tornou-se um ponto focal de descontentamento, com os sindicatos reclamando do congelamento dos salários do setor público e do que eles dizem ser uma insuficiente flexibilização da carga de impostos sobre os trabalhadores. O desemprego entre jovens está atualmente em um recorde de 40,1 por cento.

Os organizadores da manifestação disseram que pelo menos 70 mil pessoas se uniram à marcha que começou na Piazza San Giovanni, na zona sul da cidade, e seguiu caminho através de um centro quase deserto.

Muitas lojas ao longo do percurso foram fechadas por precaução, com temores de que a demonstração poderia se tornar violenta, como ocorreu há dois anos, quando várias pessoas ficaram feridas quando os manifestantes quebraram janelas e incendiaram carros.

Os manifestantes, em sua maioria jovens, levaram faixas contra o desemprego, a falta de habitação a preços acessíveis e contra os planos de uma ligação ferroviária de alta velocidade com a França.

Opositores do projeto dizem que, além de trazer risco ambiental, o dinheiro para a construção do trem de alta velocidade deveria ser usado para ajudar pobres e desempregados.

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