A Câmara de Deputados da Itália deu hoje o voto de confiança pedido pelo Governo de Silvio Berlusconi, um "sim" que se dava como certa ao se considerar que a coalizão conservadora tem maioria absoluta na câmara baixa. Votaram a favor 335 deputados, enquanto 275 ficaram contrários e um se absteve. Após este primeiro "sim" parlamentar, o Governo pedirá agora o voto ao Senado, que também se espera que seja afirmativo, já que os conservadores contam também com maioria absoluta na câmara alta.A votação aconteceu no final do segundo dia do debate de posse, que contou com discursos de líderes da oposição: Walter Veltroni, do progressista Partido Democrata (PD), Antonio Di Pietro, da Itália dos Valores (IDV), e o democrata-cristão Pier Ferdinando Casini. Walter Veltroni disse que realizarão uma "oposição construtiva" e advertiu os conservadores que não se pode "criminalizar" os imigrantes, em referência ao pacote de medidas urgentes sobre segurança e contra a imigração ilegal que já tem praticamente concluído o Executivo. "Votaremos contra seu Governo, mas estaremos ao lado nas medidas encaminhadas para conseguir uma Itália mais equânime", disse Veltroni em sua declaração de voto. O dirigente progressista deu seu apoio a Berlusconi para as reformas, começando pela lei eleitoral. Já Antonio Di Pietro, o ex-juiz da operação anticorrupção Mãos Limpas, pronunciou um discurso muito duro contra Berlusconi e sem usar meias palavras disse que eles não cairão na "teia de aranha" confeccionada por Berlusconi. "Temos memória e não queremos perdê-la. Conhecemos bem sua história pessoal e política", declarou Di Pietro.
Da EFE/La Repubblica








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