Descoberto comércio de vistos falsos em Roma

ROMA – Perdão por conta própria acaba em prisão. Setenta imigrantes que compraram “permessi di soggiorno” falsos, por cinco mil euros cada, foram descobertos e denunciados na capital italiana. Eles enfrentarão sérios problemas, juntamente com outras 25 pessoas responsáveis de associação e delinqüência finalizada ao favorecimento da imigração clandestina. O balanço é da operação “Cuba libre”, conduzida pela polícia de Fronteira de Fiumicino e pelo Departamento de Imigração da “Questura” de Roma sob a coordenação do procurador substituto Marcello Monteleone.

Os vértices da organização, Valerio O., 43 anos, romano com precedentes penais pelos mesmos crimes, e Hamza El W., 34 anos, marroquino naturalizado italiano, foram presos, enquanto os 25 cúmplices denunciados, todos italianos, deverão responder em liberdade. A quadrilha de falsificadores havia montado, em uma estrutura comercial da periferia de Roma, uma gráfica clandestina, onde confeccionavam os vistos de permanência falsos para venda.

A Polícia apreendeu no local 500 módulos em branco para a emissão de “permessi di soggiorno”, 40 comprovantes de pedidos e de renovações, também de vistos, 200 módulos em branco para contratação de estrangeiros prontos para se apresentarem na “Questura” e outra quantidade de formulários para solicitação de registro do código fiscal.

“As investigações prosseguem porque acreditamos que uma centena de imigrantes está envolvida. Também suspeitamos que o volume de negócios da organização deve ser superior aos 400 mil euros descobertos até agora”, declarou o dirigente da polícia Maurizio Vallone, no aeroporto de Fiumicino. Do Setor de Imigração da “Questura” de Roma, a funcionária Olga Malgaroli comentou apenas que “com o novo procedimento eletrônico para a emissão dos vistos, falsificações no gênero não serão mais possíveis”.

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Foto: Etnie.org