quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Itália recebeu 27 mil imigrantes ilegais em 2008

ROMA - O ministro do Interior italiano anunciou hoje (ontem) que desembarcaram no país neste ano mais de 27 mil imigrantes ilegais, um número 63% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
De acordo com as declarações feitas por Roberto Maroni (foto) durante uma reunião do Comitê Schengen, 27.417 imigrantes clandestinos chegaram à Itália este ano até dia 9 de outubro, movimento que teria sido favorecido pelo bom tempo no Canal da Sicília e pela falta de controle nos portos da Líbia, de onde parte a maioria das embarcações que buscam chegar na península italiana.
Em relação a esse fenômeno, Maroni disse que a atualização dos acordos contra imigração -- assinados entre o premier italiano, Silvio Berlusconi, e o presidente líbio, Muammar Gaddafi -- poderá reduzir a zero os embarques ilegais. Mas por ora, "é como se o acordo de patrulhamento conjunto não existisse e eu esperava mais empenho da parte deles [autoridades libanesas]", acrescentou.
Em 2008, dos 325 navios com imigrantes que chegaram na Sicília (ilha ao sul da Itália), 306 partiram da Líbia, e dos 27.417 imigrantes clandestinos que desembarcaram no país, 22.545 entraram por Lampedusa (ilha italiana situada entre a Sicília e a costa norte da Tunísia e da Líbia).
"O procedimento prevê que quem não tem os requisitos para morar na Itália deve ser expulso. A Comissão Européia entende que esta sanção é excessiva e pede substitui-la com o convite para abandonar o território nacional. Nós acolhemos o pedido da Comissão, para evitar uma infração, mas eu não concordo com ela, porque penso que o simples convite para ir embora não é uma sanção eficaz", comentou Maroni em relação à posição da Europa em relação à lei de Segurança que tramita no Senado italiano.
Esse projeto, promovido pelo governo conservador de Silvio Berlusconi, pretende introduzir uma multa financeira como sanção ao crime de imigração clandestina. Em sua formulação original, o crime previa punição de seis meses a quatro anos de prisão. (ANSA)

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