Embora ofuscado por acontecimentos mais momentosos como, por exemplo, a conferência sobre o clima, em Copenhague, o Dia Internacional dos Migrantes, nesta sexta-feira, 18 de dezembro, é uma situação que cada vez mais precisa ser levada em conta pelas autoridades, tanto dos países receptores, como dos países de onde provém a maioria das pessoas que partem invariavelmente em busca de melhores oportunidades.
Pela dimensão que a questão vem assumindo, é plausível imaginar, para breve, uma conferência internacional para tratar do problema. Subjacente à questão econômica, fator propulsor das migrações, tanto à época da grande imigração italiana do final do século XIX, como nos dias atuais, outras variáveis, como discriminação, força de trabalho, remetem à crucialidade de não se tratar o assunto pontualmente ou isoladamente.
Na Itália, a data, instituída pela Organização das Nações Unidas, será marcada por uma série de eventos em diferentes cidades. Afinal, o país hoje é um dos mais visados por migrantes oriundos especialmente do leste europeu e da África subsaariana. Conforme dados da OIM – Organização Internacional, hoje o país teria cerca de 3,6 milhões de migrantes regulares, o que chegaria a 6,2% da população. A taxa anual de crescimento da presença de imigrantes – ao lado da Espanha – é a mais elevada da União Europeia.
As remessas dos imigrantes que vivem na Itália são calculadas pela OIM em US$ 2,4 bilhões. As mulheres representam o maior contingente, cerca de 55%, enquanto a população com menos de 15 anos chega a 14%.
As estimativas em relação à imigração legal divergem. A Caritas refere um número em torno de 350 mil, enquanto outras fontes apontam que os clandestinos já ultrapassariam os 500 mil.
Para tentar conter esse fluxo, o Governo italiano adotou uma série de medidas, que além de endurecer na política de retorno, estabelece sanções para quem acolher ou dar emprego para ilegais. Até que ponto essas deliberações já surtiram resultado na prática é uma questão que ainda não foi mensurada.
As estimativas globais
Estima-se em 214 milhões os migrantes internacionais em todo o mundo.
Os migrantes constituem 3,1 por cento do global.
O número de migrantes no mundo inteiro constitui o quinto país mais populoso do mundo.
As mulheres representam 49 por cento do total dos migrantes no mundo
Em 2008, os fluxos de remessas foram estimados em US$ 444 bilhões no mundo inteiro.
Há cerca de 20 a 30 milhões de migrantes não autorizados em todo o mundo, compreendendo cerca de 10 a 15 por cento do total de imigrantes
Em 2008, havia 26 milhões de pessoas deslocadas internamente (IDP) em pelo menos 52 países como resultado de conflitos.
Em 2008, o número global de refugiados chegou a 15,2 milhões
Redação revista eletrônica Oriundi
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