quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cascatinha

Cascatinha, em extensão territorial, é o maior dos cinco distritos que compõem o Município de Petrópolis, região norte do Estado do Rio de Janeiro. Sua área geográfica atinge os 274 km2 e contava, em 1991, com uma população de 56.937 habitantes, ficando, portanto, em segundo lugar entre os mais populosos, vindo logo depois da sede municipal.

Vista panorâmica do distrito de Cascatinha, destacando-se o grandioso prédio, hoje em ruínas, onde funcionou a tecelagem da Companhia Petropolitana.   Fonte: Foto de Antonio Folquito Verona

O vilarejo nascera às margens da estrada denominada Caminho Novo que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. No início do século XVIII, seu núcleo central, a antiga Fazenda tamarati, já constava na planta original que o colonizador alemão Köler fez daquela área. Sabe-se, portanto, que quando, em 18 de março de 1843, o então imperador Dom Pedro II mandou, através de decreto, contruir a cidade de Petrópolis, o povoado de Cascatinha já existia a mais de um século.

Em 17 de setembro de 1873, o mesmo imperador autorizava o funcionamento da Cia. Petropolitana de Tecidos, indústria que atraiu grandes levas de trabalhadores imigrantes italianos àquele distrito, inclusive algumas famílias de imigrantes oriundas de Schio, tais como: Baldisserotto, Bianco, Coaduro, Dal Bosco, Gavasso, Gonella, Marin, Pavan, Pedron, Pietrobelli, Pigato, Robazza, Strolin e Tonellotto (ver Rio de Janeiro).


Vista da área central do distrito de Cascatinha.  Fonte: Foto de Antonio Folquito Verona

A fábrica, pelos dados colhidos em 1906, ocupava cerca de 1.100 operários, quase todos italianos. Segundo uma publicação do FANFULLA, ógrão da imprensa italiana de São Paulo daquela época, falando sobre a eficiência do ensino de italiano na escola de Cascatinha assim se manifesta: Miglior fortuna ha avuto la scuola italiana di Cascatinha, un piccolo borgo di 3.500 abitanti poco distante da Petropolis, dove si trovano più di 2.000 italiani, parte impegnati nella fabbrica di tessuti che dà vita alla località e parte dediti all'agricoltura, la scuola è mantenuta dalla Società di Mutuo Soccorso ed è molto frequentata, perché ha un eccelente maestro.

http://www.assis.unesp.br/

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