quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

"Battisti nunca provou sua inocência"

Pordenone - Alberto Torregiani, o filho do joalheiro morto por membros do grupo esquerdista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), afirmou que Cesare Battisti nunca apresentou "provas tangíveis" sobre sua inocência.

"Se fosse inocente, como várias vezes ele reiterou, Cesare Battisti deveria fornecer evidências tangíveis à Magistratura - como sugeri que fizesse, mas que até agora isso não aconteceu", comentou ele.

Torregiani é filho do joalheiro Pierluigi Torregiani, que morreu durante um tiroteio travado contra membros do grupo da extrema-esquerda PAC.

Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando integrava o movimento.

Alberto Torregiani participou ontem (1º) de uma manifestação na cidade italiana de Pordenone para solicitar a extradição de Battisti, que está preso no Brasil desde 2007.

Há dois anos, o ex-militante recebeu o status de refugiado político pelo então ministro da Justiça Tarso Genro, o que impediu seu envio para Roma.

O protesto teve a participação de autoridades locais, como o líder do Partido Liga Norte no Conselho Regional do Friuli-Venezia Giulia, Danilo Narduzzi, o vice-presidente da província de Pordenone Eligio Grizzo e o assessor provincial Stefano Zannier.

Durante a manifestação, Torregiani disse acreditar na Justiça e ser muito grato aos italianos que assinaram a petição.

O caso de Battisti foi analisado em 2009 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que apesar de autorizar sua extradição, determinou que a palavra final caberia ao chefe do Executivo.

Em 31 de dezembro passado, no último dia de seu mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter o italiano no Brasil, acatando o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU).

Agora o caso volta ao STF, que deve analisar se a decisão do ex- mandatário está de acordo com o tratado bilateral.

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