Roma - O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, promulgou no começo dessa noite do horário de Roma (tarde no horário de Brasília) o plano de ajuste econômico aprovado na manhã desta sexta-feira no Parlamento italiano.
Em nota emitida pelo Quirinale, a sede presidencial, o chefe de Estado manifestou que espera que tanto as forças governistas como a oposição confrontem "de forma aberta e conclusiva" propostas para "romper o ciclo de alto déficit e baixo crescimento que atinge a Itália".
Atualmente, a dívida italiana equivale a 119% de seu Produto Interno Bruto (PIB) e a última taxa de crescimento ficou em 1,3% em 2010, taxa menor que o crescimento registrado por toda a União Europeia (UE) no período, de 1,9%.
Para Napolitano, as propostas elaboradas pelo governo e pela oposição também deverão não apenas resolver o problema econômico da Itália, mas relançar um "projeto europeu".
Ele elogiou a adesão da oposição à aprovação do projeto de austeridade econômica, e expressou que "o país tem o motivo de ser grato ao Parlamento pelo empenho e a determinação com a qual procedeu em tempo rápido ao exame e à votação do decreto-lei".
"Foi uma prova extraordinária de conscientização e de coesão nacional que reforça a confiança na Itália das instituições europeias e dos mercados", acrescentou. O plano foi aprovado na Câmara dos Deputados por 381 votos a favor e 280 contra.
O plano prevê cortes de 48 bilhões de euros e estabelecimento de impostos que deverão arrecadar para os cofres públicos outros 31 bilhões de euros. O decreto também prevê privatizações e congelamento de pensões e aposentadorias.
A dívida pública italiana cresceu nos últimos anos após a crise econômica de 2008, quando o governo decidiu aumentar as despesas para estimular a economia. A crise, porém, já provocou aumento no desemprego e da pobreza.
De acordo com relatório divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatísticas (Istat) da Itália, há 8,272 milhões de italianos na linha da pobreza, ou 13,8% da população, sendo que 3,129 milhões -- ou 5,2% da população -- estão em condição de pobreza absoluta.
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