Por Lino Grossano - Milão - Desde os primeiros anos de escola, cinco em cada 10 crianças sofrem de dores nas costas, o dobro da porcentagem apresentada pelos pais quando tinham essa mesma idade. As causas? Mochilas carregadas de livros e muitas horas sentadas na sala de aula. É o que afirmam especialistas da Associação italiana de Fisioterapeutas (Aifi), que prepararam uma história em quadrinhos com as regras para respeitar a saúde da coluna das crianças. A historinha pode ser baixada diretamente no site da associação.
"A faixa etária entre os seis e 10 anos é a mais delicada para o desenvolvimento do esqueleto, explicou Antonio Bortone, presidente da Aifi. Uma vértebra, quando submetida a fortes pressões que atuam só sobre uma parte dela, tende a assumir a forma de uma cunha. Quanto maior o número de vértebras cuneiformes, maior será a alteração no formato da coluna". Esta curvatura excessiva, se negligenciada, é a causa de dores lombares e pode abrir as portas para as dores crônicas quando adultos.
"Entre seis e 10 anos - acrescenta Bortone - quanto mais tempo a criança se mantiver em movimento, maior será sua elasticidade na fase adulta, e menor o risco de problemas nas costas. Estamos falando especificamente sobre movimentos dinâmicos (andar, correr, pular e arremessar) e estáticos (dobrar, flexionar e oscilar)".
A atenção dos pais deve se concentrar nas mochilas escolares: "Certamente não provocam a escoliose, como se costumava dizer, mas se forem inadequadas podem acentuar as curvaturas da coluna vertebral e, em geral, provocar dolorosas lombalgias", alertou o especialista.
A mochila ideal deve ser leve quando vazia, não deve ter aberturas - que incentivam a enche-la mais, deve ter alças largas e acolchoadas, e uma adicional para prender na cintura. Depois de vestida, não deve ultrapassar a linha dos quadris, e a parte que se apóia na coluna deve ser acolchoada e ficar bem acomodada. Isso ajuda a distribuir o peso equilibradamente.
Finalmente, também é válido pesar a mochila em um dia escolar típico: não deve exceder 20% do peso da criança.
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