quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Natal à mesa: histórias e lendas do Panetone

Roma - Há muitas histórias e lendas sobre a vida do panetone, mas duas parecem as mais confiáveis: a primeira ocorre no final do século XV e conta a história de Ugo, filho do capitão Giacometto degli Atellani, que se apaixona pela jovem Adalgisa. Para ficar perto da amada ele se improvisa como confeiteiro, tal como o pai dela, tal de Toni, e cria um pão rico, feito com farinha, fermento, manteiga, ovos, açúcar e frutas cristalizadas.

     Ludovico il Moro e sua esposa, a duquesa Beatrice, diante da grande paixão do jovem, convencem Giacometto degli Atellani a casar o filho com a plebeia.

     O doce, fruto desse amor, torna-se rapidamente um sucesso sem precedentes e as pessoas vêm de todos os países para saborear o "Pan del Toni" (literalmente, Pão do Toni), que emendado virou panettone.

A segunda lenda diz que para a véspera do Natal, na corte do duque Ludovico il Moro foi encomendada a preparação de um novo doce com formato de cúpula. Por azar, durante o cozimento, o pão com uvas acabou queimando.

     O cozinheiro, desesperado, foi salvo por um ajudante de cozinha chamado Toni, que o aconselha a servir o novo doce e apresentá-lo como uma especialidade com a crosta. Quando a receita estranha é servida, os convidados foram só elogios e foi assim que se cunhou o termo "Pan del Toni".

Um dos artífices do panetone dos tempos modernos é o confeiteiro Paolo Biffi, que preparou um enorme bolo para o papa Pio IX e o despachou em uma carruagem em 1847.

     A criação do formato atual desse doce tipicamente natalino remonta à primeira metade do século XX, quando o empresário Angelo Motta propôs a aparência de cúpula e a fôrma de papel manteiga para celebrar o crescimento e a importância da preparação do doce.


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