Quase quatro meses depois do naufrágio do Costa Concórdia, a companhia
italiana Costa Cruzeiros inaugurou um cruzeiro gigante neste sábado (5)
em Veneza, o Costa Fascinosa.
Quase
quatro meses depois do naufrágio do "Costa Concórdia", a companhia
italiana Costa Cruzeiros inaugurou o "Costa Fascinosa", com capacidade
para 3.800 passageiros (Foto: Andrea Pattaro/AFP)
A empresa, número um deste tipo de turismo na Europa e líder mundial na
construção destes barcos, apresentou, segundo um comunicado, "a nova
joia dos mares, orgulho do 'made in Italy'."
Outro cruzeiro desta companhia, o Costa Concórdia, chocou-se contra uma
rocha no dia 13 de janeiro próximo a ilha de Giglio, na Toscana,
causando pelo menos 30 mortes. No momento do acidente, o navio
transportava 4.229 pessoas, entre elas 3.200 turistas e 1.000
tripulantes.
Um acidente como este "não deveria ter ocorrido, e não voltará a
ocorrer", afirmou nesta sábado na cerimônia de inauguração do novo
cruzeiro o presidente da companhia, Pier Luigi Foschi.
Foschi destacou em um comunicado que apesar do naufrágio, "o volume de
reservas voltou aos mesmos níveis que no ano passado na mesma época".
O ministro italiano de Turismo, Piero Gnudi, elogiou este tipo de
turismo, classificado por ele como um "ponto de encontro na Itália de
duas excelências, a da qualidade e o estilo tipicamente italiano, e a da
indústria naval".
Costa Fascinosa deve sair para o primeiro cruzeiro a partir do dia 6 de maio (Foto: Andrea Pattaro/AFP)
O Costa Fascinosa, com 290 metros de comprimento e 35,5 metros de
largura, possui capacidade máxima para 3.800 passageiros e 1.110
tripulantes. O cruzeiro custou € 510 milhões e deve partir para sua
primeira viagem no dia 6 de maio.
Uma associação de Veneza protestou e anunciou que recolherá assinaturas
para pedir a proibição imediata de embarcações de mais de 40 mil
toneladas na lagoa da cidade.
As autoridades da cidade também se queixaram do incômodo causado pela passagem destes cruzeiros pelos monumentos célebres.
Em março, o governo italiano adotou um decreto pelo que proíbe os
cruzeiros de se aproximar das costas para proteger as reservas naturais.
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