quinta-feira, 24 de maio de 2012

“Maioria dos italianos é favorável à cidadania para filhos de imigrantes”, di Riccardi

Ministro da Integração defende reforma na lei de cidadania

"Estamos no início do processo de integração dos imigrantes de segunda geração e se falharmos nesta fase haverá problemas sérios". A afirmação do ministro da Cooperação Internacional e Integração, Andrea Riccardi, foi feita ontem durante uma reunião no hospital San Gallicano, em Roma, sobre a promoção da saúde das populações migrantes e sobre o combate a doenças relacionadas à pobreza. O ministro referia-se  à concessão da cidadania italiana às crianças nascidas ou crescidas na Itália, filhas de imigrantes com residência estável no país.

"Entendo que haja uma parte da população contrária, mas a maioria é favorável a uma atitude de confiança e de aceitação. Viajo muito, encontro muitas pessoas e vejo que os italianos têm mostram simpatia diante às crianças estrangeiras ".

"Temos que ter uma atitude positiva, cuidadosa e construtiva sobre a importância da imigração para o nosso país, que acaba de ser confirmada pelo último relatório Istat, apresentado no início desta semana”, disse Riccardi.

PD:  "É preciso uma reforma na lei de cidadania”

"Partilhamos inteiramente das palavras do ministro Riccardi. Não apenas os imigrantes e seus filhos,mas nem os italianos podem mais aceitar uma lei injusta que discrimina milhares de crianças e jovens cuja única culpa é serem filhos de pais estrangeiros e, portanto, condenados a não poderem ser considerados como cidadãos do país onde nasceram e ao qual estão ligados ", disse Khalid Chaouki, responsável pelo departamento Novos Italianos do Partido Democrático.

"Pedimos ao ministro Riccardi que se faça porta-voz  no Conselho de Ministros das legítimas aspirações de cerca de um milhão de crianças filhas de imigrantes que vivem na Itália e que hoje se reconhem nas belas palavras do Presidente da República, Giorgio Napolitano, mas que continuam a achar inexplicável "a persistência instrumental  e demagógica com a qual alguns partidos de centro-direita se recusam a dar início à reforma da lei da cidadania no Parlamento”, disse.

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