quarta-feira, 14 de agosto de 2013

'Berlusconi poderá pedir a clemência', diz advogado

O ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi (foto: ANSA)
O ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi (foto: ANSA)
 
 
Roma - O advogado do ex-premier italiano Silvio Berlusconi, Piero Longo, afirmou hoje, dia 14, que "o pedido de clemência será, cedo ou tarde, apresentado" ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, pelo ex-primeiro-ministro.

    "A estabilidade política é outro assunto, mas se o pedido de clemência fosse apresentado e o presidente o concedesse, poderiam ocorrer novidades, porque isso pode modificar parcialmente a pena principal e também as penas acessórias", afirmou Longo, que é também deputado do Povo da Liberdade (PDL), bancada do ex-primeiro-ministro.

    Segundo o advogado de Berlusconi, o governo de Enrico Letta continuará sua atividade "sem dúvidas", porque "não há alternativas para quem tem senso de responsabilidade, e eu acredito que o PDL o tenha, assim como o presidente Berlusconi também tem".

    Sobre a possibilidade que o Senado italiano vote a perda do mandado de Berlusconi, provocado pela condenação definitiva a quatro anos de prisão no processo Mediaset, Longo afirmou que "Berlusconi não sairá do cenário político". "Ficar do lado significa não ser mais um ponto de referência e eu não acho que isso poderia acontecer", declarou o advogado do ex-premier. O ex-comediante Beppe Grillo, líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), escreveu hoje em seu blog que "se Berlusconi será salvo, morrerão as instituições. Napolitano sairá de cena na pior das formas". "Um condenado por fraude fiscal não pode ser o interlocutor da Presidência da Republica e do primeiro-ministro, mesmo se Napolitano e Letta devem a ele seus mandatos", escreveu Grillo, alegando que se o presidente da Itália concederá a clemência, "o M5S não permanecerá somente olhando, isso é certeza". Ex-comediante concluiu seu texto pedindo que Napolitano renuncie imediatamente a seu cargo. Segundo a Constituição italiana, o presidente da república pode conceder o perdão a um cidadão condenado em última instância, após a apresentação de um pedido formal pelo próprio condenado.

    Segundo o texto, o ministro da Justiça deverá convalidar a concessão do perdão presidencial.


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