terça-feira, 15 de outubro de 2013

Itália começa operação militar no Mediterrâneo


Caixões das vítimas de Lampedusa são colocados em navio militar (foto: ANSA)
Caixões das vítimas de Lampedusa são colocados em navio militar (foto: ANSA)
 
Roma  - O governo da Itália deu início nesta segunda-feira (14) à operação "Mare Nostrum", que tem como objetivo enfrentar a questão da imigração ilegal no sul da Europa e tornar o mar Mediterrâneo um lugar o mais seguro possível.

    "A 'Mare Nostrum' é uma operação militar e humanitária que prevê o reforço dos dispositivos de vigilância e socorro em alto mar para incrementar o nível de segurança das vidas humanas", declarou o ministro da Defesa, Mario Mauro. No plano serão usados drones (veículos aéreos não tripulados), helicópteros de longo alcance e com instrumentos óticos e de infravermelho, quatro embarcações da Marinha e um navio anfíbio com espaços amplos para a recuperação dos náufragos.

    "Atualmente, gastamos um milhão e meio de euros por mês com a vigilância e o socorro no mar. Aumentando o potencial do dispositivo com a nova operação, gastaremos mais", explicou Mauro. Além disso, o ministro do Interior, Angelino Alfano, garantiu que a operação terá um efeito intimidador sobre quem planeja traficar pessoas impunemente. "Um efeito será a possibilidade de interceptar os mercadores da morte", acrescentou.

    Antes da confirmação do início da "Mare Nostrum", o premier italiano, Enrico Letta, havia afirmado que é intolerável que o Mediterrâneo seja um "mar da morte". "Estamos frente a uma mudança na imigração e isso impõe uma alteração radical das normas a nível nacional e europeu. Mas não podemos esperar o tempo do Parlamento europeu, quando em meio a tudo isso estão vidas humanas. Devemos agir rapidamente, por isso o governo decidiu fazer essa missão humanitária", afirmou.

    A prefeita de Lampedusa, Giusi Nicolini, declarou que a medida adotada pelo governo é uma boa resposta imediata, mas que seria preciso garantir que nenhuma pessoa fosse obrigada a entrar nos "barcos da morte"


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