segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Premier de Malta critica UE por mortes em naufrágios


  Sobreviventes de naufrágio no Mar Mediterrâneo (foto: ANSA)
Sobreviventes de naufrágio no Mar Mediterrâneo (foto: ANSA)
 
Roma  - O primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, criticou neste domingo (13) a falta de apoio da União Europeia (UE) para resolver problemas ligados à imigração clandestina e a naufrágios na costa mediterrânea.
 
"Malta e Itália foram deixadas sozinhas para cuidar desse enorme problema. Em Bruxelas, o dinheiro vale mais que vidas humanas", disse o premier à ANSA, destacando que, para o bloco europeu, é "mais importante encontrar dinheiro para a Grécia" que "enviar dinheiro para salvar seres humanos".

Muscat visitou a Líbia neste fim de semana para tratar do tema da imigração clandestina com as autoridades locais. A visita ocorre três dias após uma embarcação com imigrantes africanos, muitos originários da Líbia, naufragar próximo a Malta. Até o momento, as autoridades resgataram 38 corpos. Outras 212 pessoas foram retiradas do mar com vida. Mas as equipes de socorro temem que o número de vítimas chegue a 188, já que alguns sobreviventes disseram que a embarcação levava cerca de 400 pessoas.

O naufrágio em Malta aconteceu uma semana após uma outra embarcação de imigrantes clandestinos afundar na ilha de Lampedusa, na Itália. O acidente provocou a morte de 363 pessoas, segundo a última contagem oficial.

Diante da tragédia, as autoridades italianas também cobraram medidas efetivas de ajuda da UE. Além disso, o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, convocou para amanhã uma reunião com os ministros da Defesa, das Relações Exteriores e do Interior para discutir os últimos detalhes da missão militar-humanitária no Mar Mediterrâneo que visa a evitar mais mortes de imigrantes.


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