Mulher síria está refugiada na estação de trem em Milão (Foto: GIUSEPPE CACACE/ AFP)
Cerca de 200 refugiados que fogem da guerra civil na Síria estão
acampados na estação ferroviária central de Milão após muitos terem sido
impedidos de deixar a Itália ao tentar alcançar o norte da Europa.
Muitos dos refugiados, grande parte crianças, estão instalados em uma
pequena sala na estação perto de uma loja do McDonalds. Outros dormem
nos corredores enquanto esperam a permissão para viajar ao norte da
Europa por razões humanitárias.
"Eu quero ir para a Alemanha, onde minha irmã, meu pai e minha mãe
moram", disse Amina, de 33 anos, que fugiu de Damasco com o marido e
três filhos, após sua casa ser destruída. Eles estão na estação há cerca
de um mês.
"Quero que meus filhos possam ir à escola e eu quero um emprego para
mim e meu marido. Mas acima de tudo precisamos de água e comida", disse
ela à Reuters.
A Itália tem sido um trampolim para os imigrantes que buscam uma vida melhor na União Europeia, mas os combates na Síria
e a agitação no norte da África aumentaram o fluxo de refugiados que
fazem viagens perigosas à costa sul do país em barcos frágeis, muitas
vezes partindo da Líbia.
No entanto, autoridades de França, Suíça e Áustria enviaram de volta
muitos refugiados vindos da Itália porque eles não têm documentos de
viagem.
Os sírios na estação de Milão estão evitando pedir asilo na Itália, que
sofre uma recessão econômica, o que iria forçá-los a permanecer no
país. Em vez disso, aguardam uma autorização para viajar a outros países
da UE, disse a assessora para questões trabalhistas Andreina Rossitto.
Depois de chegarem à Itália de trem, eles têm o objetivo de viajar a
países como Alemanha, Noruega e Suécia, onde acreditam que terão mais
apoio, disse à Reuters um funcionário de uma entidade de apoio.
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