Agências de inteligência internacionais não espionaram o governo e as embaixadas da Itália e não há nenhuma evidência de vigilância em massa de cidadãos, disse o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, nesta quarta-feira (20).
Reportagens acusaram as agências de inteligência britânica e norte-americana de monitorar a rede de telecomunicações da Itália, tendo como alvo o governo e as empresas.
Alegações semelhantes em relação à França e à Alemanha, na sequência de vazamentos de informações pelo ex-agente de espionagem norte-americano Edward Snowden, aumentaram as tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e seus aliados europeus no mês passado.
"Nós também não achamos que a privacidade dos cidadãos italianos foi violada pelos nossos serviços de inteligência nacionais que colaboram com a inteligência estrangeira", acrescentou Letta.
O primeiro-ministro negou relatos de que a inteligência italiana tinha sido cúmplice em um programa do Reino Unido chamado Tempora, envolvendo a espionagem de cabos de fibra óptica submarinos que transportam dados de Internet e e-mail.
Agências internacionais pediram informações à Itália sobre cidadãos que não eram italianos, mas o pedido foi rejeitado, disse ele, sem revelar mais detalhes.
Letta acrescentou que a segurança nacional italiana não poderia ter participado do Tempora e que a vigilância em massa do programa norte-americano Prism teria sido ilegal segundo a lei italiana, acrescentou.
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