sexta-feira, 25 de abril de 2014

25 de Abril: Resistência e Liberação da Itália





A Resistência é um movimento que surgiu na Itália em setembro de 1943. No dia 8 daquele mês, o governo italiano provisório (criado em julho de 1943 após a queda de Mussolini) proclamou o armistício com os Aliados anglo-americanos e a Alemanha nazista - aliada à Itália fascista - ocupou o centro-norte do país. Os opositores do fascismo, frente a essa que foi a fase mais grave e dramática da guerra, reuniram-se em um Comitê de Liberação Nacional (CLN) que agrupava comunistas, socialistas, acionistas, católicos, monárquicos e liberais.

Mulheres partisanas
A ação dos partisans foi uma verdadeira guerra patriótica para a defesa da nação contra a ocupação nazista e dos colaboradores da República Social Italiana (RSI), conduzida por homens e mulheres corajosos: ora através da luta armada ora por ações de sabotagem e de guerrilha e muitas vezes por resistência passiva ao ocupante. Em algumas fases e zonas na Itália em guerra (sobretudo nas regiões montanhosas), os partisans obtiveram resultados notórios com as constituições de "repúblicas partisanas" em áreas momentaneamente liberadas dos alemães. No geral, os partisans ofereceram uma grande ajuda à anvançada dos exércitos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha que estavam subindo a Península.
No dia 25 de abril de 1945, o Comitê de Liberação Nacional da Alta Itália (CLNAI) também proclamou a insurreição com o objetivo de colocar em segurança fábricas e maquinários que os alemães estavam acostumados a destruir ou levar consigo antes da retirada. Em muitas áreas da Itália do Norte, as tropas alemãs renderam-se ao CLN antes da chegada dos anglo-americanos. Todo ano, no dia 25 de abril, comemora-se  portanto o aniversário da Liberação.

Chefes partisans no desfile

À Resistência participaram centenas de milhares de pessoas. Calcula-se que foram pelo menos 300 mil os partisans armados, além daqueles que também ajudaram com informações, esconderijos e alimentos, as bandas armadas e os soldados do exército real, que preferiram ir para os campos de concentração na Alemanha ou serem fuzilados ao invés de contiuar com a sanguinária guerra de Hitler e Mussolini. Significativa também foi a presença feminina (cerca de 35 a 40 mil mulheres).
A ação dos partisans permitiu à Itália expiar, ao menos em parte, a vergonha do fascismo. Também consentiu ao país, diferentemente do que aconteceu na Alemanha e no Japão, de formar desde cedo, após a guerra, um governo legítimo e retomar a atividade democrática sem a longa ocupação das tropas americanas.
 
 
Fonte:  http://bloglanostraitalia.blogspot.com.br/2011/04/25-de-abril-resistencia-e-liberacao-da.html


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