O Brasil, um país que exporta, mas também importa mão-de-obra, deu prazo até o dia 30 para estrangeiros que estão ilegais entrem com o pedido de anistia. É um jeito já adotado por muitos outros países para tentar diminuir a ilegalidade e também o regime de exploração pelo qual passam muitos dos ilegais.
São Paulo tem lugares onde se fala espanhol. “Somos bolivianos não podemos perder a cultura boliviana”, diz o costureiro Angel Shokue.
Pode-se cortar o cabelo na peluquería. Promoção é "promoción". E tem até propaganda das últimas eleições na Bolívia.
Quem fala português é bem recebido. Mas, da câmera, tem imigrante que não gosta. É que muitos estão no Brasil ilegalmente. Vieram seduzidos por anúncios em seus países, como conta o boliviano Wilber Rivas, coordenador do espaço de informática e cidadania do Centro de Apoio ao Imigrante.
“Tem aqueles anúncios nos jornais, tem jornal mesmo oficial lá”, conta Rivas.
Muitos ilegais chegam ao Brasil como turistas. Outros entram de forma clandestina, por cidades como Foz do Iguaçu, Corumbá, Guajará-Mirim e Brasiléia.
O Ministério da Justiça calcula que haja 50 mil imigrantes ilegais no Brasil. Para algumas ONGs, chegam a 200 mil. Mas, até o fim do mês, os ilegais têm a chance de conseguir a anistia e se regularizar.
O imigrante tem que provar que entrou no Brasil até 1º de fevereiro deste ano. Anistiados poderão tirar CPF, carteira de trabalho, abrir contas bancárias e estudar na rede pública.
Exploração
Quase todo imigrante sul-americano que vem a São Paulo acaba trabalhando como costureiro. Mas é um ofício que, normalmente, eles não conhecem. Por isso, no começo, é comum que trabalhem quase de graça, pelo aprendizado.
Com informaç]ões do G1 com Jornal da Globo
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