O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, ofereceu ontem(13) um "pacto de legislatura para todas as forças moderadas presentes no Parlamento" como estratégia para se manter no governo, argumentando que uma crise política no país seria "uma loucura".
"Necessitamos de uma continuidade operativa e uma cooperação política ampla: necessitamos de tudo, menos de uma crise sem saída, sem que haja uma alternativa válida", declarou Berlusconi, em um discurso programático dirigido ao Senado que marcou o começo das 48 horas cruciais para o futuro do Executivo.
O premier defendeu a atuação de seu governo e disse que uma "grande parte dos cidadãos não quer que as decisões sejam tomadas por lógicas que não lhes pertencem", antes de atestar que "se o governo trabalhou mal, deve ser o povo que deve decidir".
Ele pediu ainda aos parlamentares eleitos nas listas de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL) e que "foram para outros grupos" -- em referência ao grupo político Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), criado por seu ex-aliado Gianfranco Fini -- para que "não esqueçam o mandado dos eleitores" e que "não desfaçam tudo o que temos conseguido nestes anos".
Berlusconi disse estar disposto a abrir a maioria governista também para a União Democrática de Centro (UDC), assim como "reforçar a equipe do governo".
Amanhã, os senadores votarão a moção de confiança no governo proposta pela ala governista da casa legislativa. No mesmo dia, a Câmara dos Deputados votará duas moções de desconfiança, uma apresentada pela UDC e FLI e outra pelos opositores Partido Democrata (PD) e Itália dos Valores (IDV). Nesta tarde, o premier apresentará um novo discurso aos deputados.
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