G1 com agências internacionais - O governo da Itália está disposto a recorrer ao Tribunal de Haia para conseguir a extradição do ex-ativista de extrema-esquerda Cesare Battisti, após a recusa do governo do Brasil de entregá-lo à Itália, onde foi condenado à revelia por quatro homicídios.
As declarações foram dadas pelo ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, em entrevista publicada neste domingo (2) pelo jornal "Corriere della Sera", na qual ele também afirma que a Itália enviou uma carta à nova presidente brasileira, Dilma Rousseff, para que reconsidere a decisão de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
Na carta, a Itália pede a Dilma que revise "a decisão de seu antecessor" e considere a "sentença do Supremo Tribunal Federal (STF)" que autorizou a extradição de Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, durante a ditadura.
Segundo Frattini, o governo da Itália está decidido a utilizar todas as vias legais para conseguir a extradição de Battisti, inclusive recorrendo ao Tribunal de Haia.
O presidente italiano, Giorgio Napolitano, se disse "desiludido" pela decisão de Lula
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