Encerra neste domingo, 30, a festividade no Acampamento Farroupilha, do Largo Carlos Fetter.A entrada no Acampamento Farroupilha é gratuita, sendo que há equipes de segurança durante toda a programação e espaço exclusivo para as apresentações artísticas, com placo, cobertura e sistema de som.
As atividades Farroupilha tiveram início no último dia 16 e a coordenação é do Departamento de Cultura da Secretaria Municipal da Educação, Cultura e Desportos, Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos e Secretaria Municipal da Habitação.No último dia da programação, domingo, estarão participando os CTGs da 25ª Região Tradicionalista com apresentações artísticas a partir das 14h. Após haverá o Grupo Herdeiros do Pampa e às 17h30min será extinta a Chama Crioula, com entrega da premiação das Olímpiadas Campeiras e solenidade de encerramento. Para finalizar as comemorações haverá show com Walter Moraes até às 22h.
30/09/2007 - Domingo
10h Solenidade Alusiva a Semana Farroupilha
10h15min Olimpíadas Campeiras
12h Livre para almoço
14h Apresentações Artísticas a cargo dos CTGs da 25ª RT
16h Grupo Herdeiros do Pampa
17h30min Extinção da Chama Crioula
18h Premiação das Olímpiadas Campeiras
20h Show com Walter Moraes
22h Encerramento da Semana Farroupilha 2007
fonte: email divulgação
domingo, 30 de setembro de 2007
Programação Farroupilha encerra neste domingo
Dia do Jornaleiro
Em 30 de setembro é celebrado o dia de um dos mais importantes profissionais do mercado - o jornaleiro.
A informação, nos dias de hoje, é um bem indispensável. É através dela que norteamos nossas vidas, que sabemos o que acontece em mundos distantes do nosso. A informação, além de tudo, nos oferece entretenimento.
E não é só aos envolvidos na mídia que devemos agradecer pelo fato da informação chegar até nossa casa. Devemos agradecer a milhares de profissionais que trabalham na distribuição dessa informação.
No dia 30 de setembro, os jornaleiros são lembrados, pois esse é seu dia. Ao que tudo indica, os jornaleiros já contam com 147 anos de história na vida do país. Crê-se que os negros escravos foram os primeiros jornaleiros e saíam gritando pelas ruas as principais manchetes estampadas nas primeiras páginas do jornal A Atualidade (primeiro jornal a ser vendido avulso, no ano de 1858).
Das ruas, os jornaleiros, principalmente de origem italiana, evoluíram para caixotes e depois para bancas de madeira. Quem primeiro montou um ponto fixo foi Carmine Labanca, um imigrante italiano, na cidade do Rio de Janeiro. O sobrenome do imigrante se associou ao nome dos pontos-de-venda ("banca").
A regulamentação das bancas veio com o então prefeito da cidade de São Paulo, Jânio Quadros, em 1954, por conta do paisagismo da cidade. O prefeito entendeu que as bancas de madeira não combinavam com o aspecto progressista da cidade. O político concedeu licenças para novos modelos, o que veio a gerar um grande avanço na organização do espaço.
www.bancaonline
Dia da Secretária (o)
Comemoramos no dia 30 de setembro o Dia da Secretária. Mas... como teve início tal comemoração e o que significa ser secretária.
Durante a segunda fase da Revolução Industrial (fase esta iniciada em 1860), Christopher Sholes inventou um tipo de máquina de escrever testado por sua filha Lilian Sholes que veio a tornar-se a primeira mulher a escrever numa máquina, em público.
Lilian Sholes nasceu em 30 de setembro de 1850. Por ocasião do centenário de seu nascimento, as empresas fabricantes de máquinas de escrever fizeram diversas comemorações. Entre elas, concursos para escolher a melhor datilógrafa concursos estes, que alcançaram enorme sucesso, passando a repetir-se anualmente, a cada 30 de setembro. Como muitas secretárias participavam, o dia passou a ser conhecido como o "Dia das Secretárias".
São Jerônimo é o Santo protetor das (os) Secretárias(os). Ele foi secretário do Papa Dâmaso, que governou a Igreja Católica de 367 a 384 e seu dia é 30/9.
Com o surgimento das associações representativas da classe no Brasil, surgiram então movimentos para o reconhecimento oficial da profissão.
A profissão de Secretário, foi criada através de Ato do Poder Legislativo, através da Lei Nº 6.556 de 6 de setembro de 1978 e posteriormente regulamentada em 30 de setembro de 1985, pela Lei Nº 7.377 sancionada pelo então Presidente, Senhor José Sarnei.
Há também o "Dia Internacional da(o) Secretária(o)", que é comemorado na última 4ª feira do mês de abril.
Ser Secretária(o), é optar por uma profissão. É gostar do que se faz. É investir no crescimento e na harmonia pessoal e profissional. É ter consciência do seu importante papel de agente de mudança e da atuação como assessora e agente facilitador. É ter hora para chegar no trabalho mas... não ter hora para sair... É ser babá de chefe e de sua família em muitas situações que na maioria das vezes lhe dá a sensação de dever cumprido...É ficar sem almoço, lanche, intervalo porque precisa datilografar ou na era moderna – digitar – a apresentação ou relatórios do chefe que deveria ter sido entregue “ontem” mas que ele deixou para entregar faltando um minuto para encerrar o prazo... É no dia 30 de setembro – se for dia útil – considerar a data como um “dia de cão” de tanto trabalho que lhe dão mas que ao final do dia recebe um ramo de rosas lindas com um cartão na maioria das vezes escrito pela própria Secretária ou se ela tiver um pouco mais de sorte, ter direito a assistir a um show para desestressar.
Ser Secretária (o)significa ter saber, serenidade, sensatez, solicitude e tantos mais “s” que só quem já foi ou quem é consegue enumerar mas que ao final de tudo creiam, compensa e mesmo que o tempo tenha passado e você não seja mais uma secretária... o dia 30 de setembro sempre será lembrado por você afinal uma vez secretária, sempre secretária!
Este artigo é uma pequena homenagem às Dulces, Tanias, Solanges, Ileudas, Sylvias, Alices, Célias, Mônicas, Roses, Reginas, Elianes, Helenas, Marias e tantas outras amigas com nomes diferentes que um dia foram secretárias como eu .
Leila Ossola – jornalista, professora, pesquisadora em história e genealogia, arqueoastrônoma, escritora, poetisa e secretária executiva, participou e trabalhou no I Congresso Nacional de Secretárias Executivas realizado pela ABES - Associação Brasileira de Entidades de Secretárias e ASSERJ - Associação das Secretárias do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ - Setembro de 1978 quando foi apresentada a regulamentação da profissão e II Congresso Nacional de Secretárias Executivas realizado pela ABES - Associação Brasileira de Entidades de Secretárias e ASEA Associação das Secretárias do Amazonas - Manaus - AM - Setembro de 1980 com trabalho de grupo vencedor sob o tema Assertividade da Secretária Executiva.Foi secretária por quase 20 anos.
sábado, 29 de setembro de 2007
Gnocchi da sorte
O costume de comer gnocchi da sorte no dia 29 de cada mês, que virou tradição em São Paulo, conquista o Brasil .
Uma deliciosa superstição, lançada há alguns anos em São Paulo, espalha-se pelo Brasil. É o gnocchi da sorte. No dia 29 de cada mês, come-se essa massa para ter sorte nas quatro semanas seguintes. Embaixo do prato, coloca-se a nota de um real. Os pragmáticos substituem o dinheiro nacional pelo dólar americano. “É moeda mais forte, com futuro garantido”, explicam. Guardam a nota na carteira e só a gastam no próximo dia 29. “Quem fizer isso, sempre terá dinheiro no bolso ou no banco”, garantem.
Alguns saboreiam os primeiros sete gnocchi em pé, mastigando sete vezes cada um. Depois, sentam para comer o resto. Outros limitam a refeição aos sete. Os que esvaziam o prato fazem isso “para não desperdiçar a sorte”. Os adeptos da superstição acreditam que ela surgiu na Itália, mas não sabem precisar em que região isso ocorreu. “Talvez seja na Campania, onde fica Nápoles, ou na Sicilia, que tem como capital Palermo”, especulam. Contam uma história edificante para sua origem. Um frade andarilho chegou a uma pequena localidade e bateu à porta de um casal de velhinhos, num dia 29. Pediu um prato de comida e recebeu o único alimento que havia na casa: gnocchi. Após matar a fome, seguiu viagem e, tempos depois, voltou para contar aos velhinhos que, após comer aquele prato, sua vida mudara para melhor.
A cada dia 29, inúmeros restaurantes brasileiros já servem o prato – e a superstição alcança inclusive fast-foods e deliveries. A honra de sua introdução no país já foi reivindicada por Laura Giarelli, a quem os amigos chamavam de Lala, dona do extinto La Bettola, da RuaAmauri, em São Paulo. Ela afirmava haver conhecido o gnocchi da sorte na década de 1970, numa viagem à Argentina. Teria iniciado o preparo mensal do prato em 1979, quando seu restaurante começou a funcionar. Mas os louros da difusão da novidade pertencem à restau-rateur Mary Nigri, proprietária do Quattrino, também na capital paulista, com uma casa na Rua Oscar Freire,506, e outra na Rua Iguatemi, 150. Foi através da primeira, aberta em 1989, que consagrou na cidade o gnocchi da sorte.
Ainda hoje uma clientela fiel lota os dois restaurantes para comê-lo todo dia 29, nas versões rucola, mandioquinha e batata. “Não sou dona da tradição, mas comecei a divulgá-la”, diz ela. Mary conta que saboreia gnocchi da sorte desde a juventude, quando mo-rava com os pais, em São Paulo, influenciada por sua fisioterapeuta, cuja filha era casada com um italiano,adepto da superstição. A clientela de ambos os Quat-trino avaliza os prodígios do prato. “Muitas pessoas retornam no dia 29 do mês seguinte contando que ele ajudou a concretizar sonhos, fechar negócios, arrumar na-moro ou favorecer reconciliações”, assinala a restaurateur.
Um fazendeiro do interior assegurou ter conseguido vender uma boiada após comê-lo. Um casal que se conheceu no dia 29, no Quattrino, acabou casando e voltando para celebrar os 15 anos da filha.
Há milênios, grãos da terra que incham ou aumentam de tamanho no cozimento simbolizam fartura e trazem bom augúrio. Os do gnocchi, apesar de resultantes da mão humana, encaixam- se na categoria. Além disso, segundo os adeptos da numerologia – uma mania pagã do século XXI –, o número 29 se reporta à magia. Deriva da combinação do 2 com o 9. O primeiro representa a dualidade, a receptividade, a sensibilidade, a feminilidade, a humildade, a dependência, a ternura, a lua, a água e a prata. O outro resulta da multiplicação de tripla trindade, ou seja, de 3 x 3. Simboliza a evolução, o dinamismo, a criatividade, o impulso, a simpatia e o fogo. A soma de 2+9 é igual a 11, um dos números mais complexos e instigantes. Representa a nova era, a vanguarda, a inspiração.
Enfim, comer gnocchi da sorte no dia 29 pode ser uma superstição recente, mas agrega crenças preexistentes. Quanto à pasta saboreada na ocasião, possui história antiga. Conforme a Grande Enciclopedia Illustrata della Gatronomia (Selezione Reader’s Digest, Milão, 2000), foi provavelmente a primeira feita em casa. Nossos ancestrais a obtiveram cortando pedaços de uma massa à base de farinha e água, colocados para cozinhar em água fervente. Supõe-se que exista desde os tempos dos antigos gregos e romanos. Na Idade Média, já era conhecido com o nome atual. Em italiano, grafa-se gnocchi, plural de gnocco, que o sociólogo paulista Gabriel Bolaffi, no livro A Saga da Comida (Editora Record, Rio de Janeiro-São Paulo, 2000), define como “algo como pelota, isto é, uma pelotinha de farinha amassada com água”. Em português, escreve-se nhoque. Fica parecendo tupi-guarani.
Impossível precisar a região italiana onde nasceu essa modalidade de pasta, embora o tema comporte especulações. A Grande Enciclopedia Illustrata della Gatronomia reitera que os primeiros gnocchi eram apenas de farinha e água. Depois, passaram a ser elaborados com trigo, arroz e, inclusive, com miolo de pão. Mais tarde, foram enriquecidos com espinafre, queijo, castanha, carne ou peixe. Em meados do século XVI, surgiram os gnocchi de polenta. No século XVIII, passou-se a usar a batata. Com o reforço desse tubérculo americano, a “pelotinha” se tornou popular no Vêneto e Piemonte, antes de se difundir até a Sicília. Em Verona, promove-se no Carnaval o “Bacanal del Gnocco”, com carros alegóricos e a eleição anual do “Papà del Gnocco”. Apesar do alto prestígio da batata, continuam a ser preparados gnocchi de farinha de trigo e semolina. Dessas variações, a Sicília tem uma receita exemplar. Harmoniza a farinha de trigo com ricotta de ovelha; no molho, põe uva-passa, manjericão fresco e pinoli.
Delicioso e prestigiado na Itália, o gnocchi expedicionou aos países vizinhos. Na Alemanha, existe o spätzle, surgido na Suábia, sul do país. Acompanha caça ou carne assada. Também pode ser gratinado e servido em sopas. A Hungria repete a receita, mudando o nome para galuska. Serve-o com o goulash, um ensopado de carne conhecido desde o século IX. Spätzle e galuska são feitos com farinha de trigo. No Brasil, o chef francês Laurent Suaudeau criou em São Paulo uma obra-prima que muitos copiam: gnocchi de milho verde. Cozinheiros anônimos do país desenvolveram os gnocchi de batata- doce, mandioca e mandioquinha. Certas receitas comportam misturas à massa ou recheios. O ingrediente mais comum é o queijo. Na região italiana do Friuli, colocase ameixa, cuja presença é atribuída à influência da vizinha Áustria. Mas a consagração internacional do gnocchi se deve a Auguste Escoffier (1846-1935), o chef que sistematizou a grande cozinha francesa, impulsionando seu sucesso internacional. Em Le Guide Culinaire – Memórie de Cuisine Pratique (Flammarion, Paris, 1993), sua obra-prima, ele apresenta quatro receitas de gnocchi (que grafa gnoki): au gratin, à la romaine, pommes de terre e au parmesan. Moral da história: bem elaborada, a pasta da sorte também pode ser refinada.
Fonte: Revista Gula
3º Seminário sobre imigração italiana em Minas Gerais
Juiz de Fora 26 a 28 de outubro de 2007
Inscriçoes abertas : 3.seminario.imigracao.italiana.mg@gmail.com
No âmbito da VII Semana da Língua e da Cultura Italiana no mundo, será realizado
em Juiz de Fora - cidade de importância fundamental para a imigração italiana no
estado - o "III Seminário sobre Imigração Italiana em Minas Gerais".
O Seminário tem como tema a contribuição dos imigrantes italianos para o desenvolvimento sócio-econômico e para a formação cultural do Estado de Minas Gerais e do Brasil nas mais diversas áreas e contará com a presença de pesquisadores, agentes culturais e acadêmicos de ambos os países, que ministrarão comunicações e palestras referentes a assuntos relacionados aos seguintes eixos temáticos:
1.Patrimônio e identidade cultural;
2.Organização e análise de acervos e fontes;
3.Dimensão política e econômica da imigração italiana;
4.Relações bilaterais entre Brasil e Itália hoje.
INSCRIÇÕES
As inscrições poderão ser realizadas gratuitamente mediante envio da ficha
disponibilizada ABAIXO, devidamente preenchida, para o e-mail:
3.seminario.imigracao.italiana.mg@gmail.com
COMUNICAÇÕES
Os interessados em inscrever comunicações poderão fazê-lo enviando,
para o e-mail acima, um breve resumo da comunicação proposta
até o dia 11 de outubro de 2007.
O tempo reservado para cada comunicação será de 15 minutos.
CERTIFICADOS
Será conferido certificado a todos os participantes com o mínimo de
75% de presença nas palestras e mesas redondas.
Realização
Associação Ponte entre Culturas - MG
OSCIP PERMEAR
Universidade Federal de Juiz de Fora - Instituto de Ciências Humanas
Museu de Arte Moderna MAM de Juiz de Fora
Consulado da Itália em Belo Horizonte
Apoio
Ministerio dos Assuntos Exteriores da Itália
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais - FAPEMIG
Prefeitura de Juiz de Fora – FUNAFA
Museu de Arte Moderna de Juiz de Fora
Casa d’Italia – Juiz de Fora
Agência Consular Italiana - Juiz de Fora
Comitê da Imigração Italiana em MG,GO,TO
Associação de Cultura Ítalo-Brasileira de Minas Gerais (ACIBRA-MG)
Associação Emilia Romagna de Minas Gerais
Associação Emilia Romagna de Zona da Mata
Grupo Tarantolato
Revista Comunitá Italiana
Oriundi.net
SERIS do Brasil
INFORMAÇÕES
Maiores informações estão disponíveis no site www.permear.com
ou pelos telefones COMITES: (31) 3226 3088 / PONTE ENTRE CULTURAS: (31) 97811938.
FICHA DE INSCRIÇÃO
Nome Completo:
Data de Nascimento:
Nacionalidade:
Endereço para correspondência (logradouro, nº, complemento, bairro, cep, município,UF):
Tel.Residencial:
Celular/Tel.Comercial:
E-mail:
Profissão:
Possui origens italianas? Em caso afirmativo indique grau de parentesco e origem do antepassado (cidade, região):
Qual é o motivo de seu interesse em relação ao Seminário?
CASO DESEJE APRESENTAR COMUNICAÇÃO, PREENCHA OS DADOS ABAIXO:
TÍTULO:
EIXO TEMÁTICO:
(Patrimônio e identidade cultural /.Organização e análise de acervos e fontes /.Dimensão política e econômica da imigração italiana /.Relações bilaterais entre Brasil e Itália hoje).
RESUMO (ENTRE 100 E 200 PALAVRAS):
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Galeria: Sergio Endrigo
Nasceu em Pola (15.6.1933) e faleceu em Roma (08.9.2005); filho de Romeo Endrigo e Claudia Smareglia. Cantor e compositor, Endrigo tornou clássicas canções românticas como Io che Amo Solo Te e Canzone per Te – esta, vencedora do Festival de San Remo de 1968 na voz de Roberto Carlos, primeiro não-italiano a ganhar a competição. Endrigo, que tinha porte de galã, conquistou popularidade nos anos 60. Na década seguinte, fez parcerias com Vinicius de Moraes e Toquinho.
Cassola: cidadania - assim não dá
Roma - Arnold Cassola, deputado pelo Partido Verde, eleito pela circunscrição do exterior, define como extremamente preocupante o fato de que o artigo 14 da lei sobre cidadania - concernente à reaquisição da cidadania italiana - tenha sido suprimido do texto. "Com efeito, tal artigo diz respeito à possibilidade de aquisição da cidadania italiana por aquelas que, por efeito de matrimônio contraído com cidadão estrangeiro, antes de 1º de janeiro de 1948, haviam-na perdido, como também seus filhos. É um fato gravíssimo", disse Cassola.
Texto em italiano: clique aqui
Sito personale dell'On. Cassola
Instituto de Cultura Italiano fará homenagem a Pavarotti
A voz do tenor Luciano Pavarotti voltará a ressoar no mundo todo no próximo dia 6 de outubro, quando se completará um mês de sua morte, em uma série de atos organizados pelo Instituto de Cultura italiano.
O Ministério de Exteriores italiano, em colaboração com as sedes diplomáticas de vários países e o Instituto italiano de Cultura, apresentou nesta quarta-feira um programa de eventos comemorativos em vários países do mundo.
Em 4 de outubro, será organizado um debate sobre o tenor no centro de Convenções Frei Caneca de São Paulo.
No dia 6, no qual o falecimento do cantor, que foi vítima de um câncer no pâncreas, completará um mês, serão realizados concertos em Budapeste, Copenhague, Lyon (França) e Dublin.
O Instituto de cultura italiano de Hamburgo (Alemanha) dedicará dois dias a Pavarotti, com a projeção de várias de suas óperas. Em Grenoble (França), o dia também será dedicado à memória do artista.
As projeções e concertos de Pavarotti poderão ser vistos também em Estocolmo e Montevidéu, ao tempo que em Tel Aviv será organizado um encontro em lembrança de Pavarotti, com a participação do musicólogo Massimo Acanfora Torrefranca. A cidade também receberá, no dia 20 de outubro, um concerto em homenagem ao tenor.
Em Nova York, está prevista ainda uma exposição fotográfica sobre a vida do cantor, além de uma série de concertos.
Fonte: Agência EFE
Garibaldi e os novos heróis
Por Neiva Zanatta
Professora e tradutora de italiano (*)
Neste ano em que se comemora o bicentenário do nascimento de Giuseppe Garibaldi voltamos o olhar para o passado na tentativa de buscar inspiração e sabedoria para entender o presente e imaginar quais serão os ideais dos heróis do futuro.
O nosso Herói de Dois Mundos ainda é atacado por alguns historiadores que baseando-se em documentos de uma época em que um escrevia e ninguém lia ( “ em tempo de guerra a mentira é como a terra “ ), o consideram um mercenário que veio ao Brasil com a objetiva intenção de ser corsário.Uma recente pesquisa feita em Porto Alegre/RS , indagava aos radio ouvintes: Afinal, Garibaldi foi herói ou mercenário ? Constatou-se que a grande maioria acredita que ele foi um herói para os brasileiros.
Sabemos que Garibaldi iniciou sua vida de aventuras marítimas acompanhado pelo pai que também era marinheiro. Percorreu toda a bacia do Mediterrâneo, conheceu as tempestades e os assaltos dos piratas. Ainda jovem, na Itália, conheceu o grande intelectual Giuseppe Mazzini (que afirmava : “ Deus é o povo, nossa pátria é o mundo sedento de justiça”), idealizador da Giovane Italia, Mazzini atuava no Norte da Itália com o intuito de criar a Republica Italiana, unificada de norte a sul e liberá-la do domínio dos austríacos. Os ideais de Giuseppe Mazzini coincidiam com os ideais da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Lutavam pela Unificação da Itália, formada por pequenos reinados independentes onde a população vivia miseravelmente. Derrotados pelos austríacos e condenados à morte, alguns deles fugiram para o Brasil trazendo no coração o desejo de lutar por ideais republicanos. Foi assim que o jovem Giuseppe Garibaldi, republicano, socialista e humanista veio para o Brasil. Eis em poucas palavras a ideologia de Garibaldi: “ prima amavo la patria... ora, amo gli uomini” , dizia também : “o verdadeiro herói luta pelos outros e não pela causa própria”.
O que diriam os jovens brasileiros e italianos se perguntados: quem são os supostos modelos de heróis da atualidade no Brasil e na Itália?
Tanto na Itália, quanto no Brasil, a situação política é constrangedora para um jovem que tenta descobrir e eleger valores, modelos de conduta , para segui-los com a paixão pelo desafio de renovar, características da juventude, e poder recriar uma sociedade mais humana e igualitária para seus descendentes.
O que vemos, no caso do Brasil, é um carnaval eterno no palácios principais, salvo raríssimas exceções, onde a alegoria é um circo formado por duendes que circulam livremente entre o roubo declarado, a corrupção e o deboche. O povo? Pobre povo, sempre vestido de palhaço mudo, ouve e cala diante da retórica côncava e convexa do comandante da bateria que brinca de esconde-esconde, inebriado pelo lusco-fusco do poder, atrás de uma barba branca de Papai Noel, sua porta bandeira. E o Brasil gigante mais uma vez aplaude os heróis deste carnaval político na esperança que as coisas por aqui mudem.
No caso da Itália, ao invés de brincar, eles preferem duelar, o duelo tem o poder de criar expectativa e exaustão, motivos suficientes para deixar tudo como está para não criar mais confusão ainda.
Seriam estes os heróis dos jovens italianos e brasileiros? São estes os modelos de heróis a serem cultuados no futuro, esculpidos em pedra e bronze?
Garibaldi e Anita, estes tiveram a oportunidade de lutar pelos seus ideais. A nós, só resta rezar!
(*) Artigo originalmente publicado no Portal Oriundi
Pollastri na TV
Hoje à noite, às 20h (horário de Brasília), o canal Rede Vida transmitirá no programa “Frente a frente com Dom Antonio” a entrevista do Senador Edoardo Pollastri. São muitos os assuntos tratados durante o programa dirigido por Don Antonio Maria Mucciolo: o Senador descreverá ao público brasileiro como são estruturados o Senado italiano, a rede consular e os Institutos de Cultura no mundo, como se articula o voto dos italianos no exterior, quais foram as comemorações pelo bicentenário do nascimento de Giuseppe Garibaldi e falará das relações entre a Itália e o Brasil.
Quem tiver interesse em seguir a transmissão, poderá sintonizar nos canais 34 UHF, ou via cabo nos canais 21(Sky), 22(Net), 73(Tva).
Fonte: Gabinete do senador
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
FIFA: Brasil brilhante
A goleada da Seleção Brasileira sobre os Estados Unidos foi destaque no site da Fifa. A entidade estampa em sua capa: "EUA caem diante de um brilhante Brasil".
De acordo com a Fifa, os Estados Unidos estavam com uma seqüência de 51 jogos sem derrota com a equipe principal em partidas oficiais antes de serem arrasados pelo Brasil liderado por uma "inspirada" Marta.
O site também destacou a atuação de Marta, autora de dois gols da vitória brasileira. Os outros gols brasileiros foram marcados por Osborne (contra) e Cristiane.
Na decisão, o Brasil irá encarar a Alemanha, atual campeã mundial. As germânicas passaram pelas norueguesas na outra semifinal por 3 a 0.
Fonte: Portal Terra
Fotos: FIFA
Garibaldi: herói ou cretino?
Este é o titulo, provocativo, do programa Italia World, que será apresentado amanhã pelos jornalistas Piero Badaloni e Piero Di Pasquale, através da RAI International.
O senador da Lega Nord Umberto Bossi tem-se expressado ultimamente de forma pouco lisonjeira sobre o "Herói dos dois mundos", cujo 200° aniversário de nascimento celebra-se este ano.
Mas Garibaldi, para a maior parte das pessoas, é um herói ou uma personagem discutível?
Visite o site do programa
A história revisitada: James Meredith
James Howard Meredith (25 de junho de 1933, Kosciusko, EUA) é uma figura emblemática do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos na década de 60.
Em 1° de outubro de 1962, ele se tornou o primeiro estudante negro da Universidade do Mississipi, após ter seu ingresso barrado em 20 de setembro pelo governador do estado e pela Guarda Nacional, desafiando a ordem da Justiça Federal, que garantia seu ingresso na universidade.
O desafio do governo estadual do Mississipi à Justiça Federal, causou a ocupação da universidade por agentes federais enviados por Washington para garantir o ingresso de Meredith e zelar por sua segurança física no campus. A medida acabou causando uma verdadeira batalha campal entre estudantes e populares brancos contra os agentes de escolta de Meredith, que apoiados por tropas do exército enviadas pelo presidente Kennedy, acabaram vencendo o conflito, que deixou um saldo de dois mortos e dezenas de civis, estudantes, policiais, soldados e agentes federais feridos, muitos deles a bala.
Hoje vivendo em Jackson como proprietário de um pequeno negócio de carros usados, ele se define como um simples cidadão que exigiu e recebeu os direitos devidos a qualquer norte-americano, não como um ex-ativista dos direitos civis.
Mais...
Livro: Logradouros de Miracema
Lançados em 20 de novembro de 2006 (Volume I) e 07 de julho de 2007 (Volume II) a obra Logradouros de Miracema tem despertado interesse de várias pessoas e já está previsto para janeiro de 2008 o lançamento do Volume III.
Embora já com 23 logradouros listados, totalizando cerca de 300 páginas e com sobras ao Volume III, seu fechamento está programado para até 30 de outubro de 2007, observados os seguintes critérios:
1) estar como protótipo, ou seja, em condições de editoração;
2) pelo menos um logradouro-âncora;
3) prioridade aos protótipos que não entraram no Vol. II, por falta de
espaço neles;
4) contemplar o maior número possível de logradouros, observado o
limite de 100 páginas ao volume;
5) contemplar o maior número de famílias possíveis, considerando as já contempladas nos Vol. I e II.
Para saber que logradouros serão publicados e seus conteúdos, continua sendo indispensável aguardar o próximo lançamento; assim, caso o logradouro de seu interesse ainda não seja editado, solicitamos sua compreensão, pois é inviável a Logradouros de Miracema ofertar espaço maior e já temos quase 400 logradouros a retratar. Aproveite para enriquecer o conteúdo do capítulo do seu desejo.
Os Volumes I e II e mais detalhes podem ser obtidos por solicitação aos organizadores: mpmemoria@yahoo.com.br
Importante salientar que os imigrantes italianos tiveram grande e significante participação no povoamento e desenvolvimento do povoado, Vila de Santo Antônio dos Brotos, que hoje é MIracema-RJ.
Vejam alguns dos cognomes italianos locais: Bruno, Bello, Ciuffo, Jacucci, Farinazzo, Mercanti, Giudice, Caputi,de Martino, etc.
Fonte: Luiz Carlos/MPmemória
Angeline Coimbra
Mais detalhes em: www.logradourosdemiracemarj.blogspot.com
Adaptação: Leila Ossola
Vaticano abre museu que expõe seus selos e moedas
O Vaticano abriu na terça-feira as portas de um novo museu contendo selos e moedas feitos pelo menor Estado do mundo.
O Museu de Filatelia e Numismática é o mais novo acréscimo aos enormes Museus do Vaticano, que já ostentam atrações como a Capela Sistina.
A própria agência dos correios do Vaticano é uma atração por si só para turistas que querem enviar cartões com a marca postal do Vaticano. No passado, a Santa Sé tinha sua moeda própria, a lira do Vaticano, mas ela aderiu ao euro juntamente com a Itália, em 2002.
Todos os selos e as moedas produzidos pelo Vaticano estão expostos no museu, ao lado dos moldes e das folhas de impressão usados para criá-los.
Francesco Buranelli, diretor dos Museus do Vaticano, expressou alegria pelo fato que "este quadradinho de papel que sobreviveu à invasão da tecnologia" agora poderá ser admirado.
Os visitantes poderão ver os primeiros selos produzidos pelo Vaticano, uma série colorida de 1852, e um selo de 1858 de 20 baiocchi (a moeda do Vaticano até 1865) que foi impresso, mas nunca chegou a ser usado.
Também há selos mais antigos que datam da época dos Estados Papais, quando o papa governava grande parte da Itália.
A série "superimpressa" de 1934, muito conhecida por colecionadores, também está exposta, além de selos comemorativos do nascimento de santos e figuras culturais e os únicos selos assinados por um papa, firmados pelo papa Bento este ano.
Fonte: Reuters
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Festival internacional de bandas musicais em San Remo
San Remo - De 5 a 8 de outubro, será realizada em San Remo a 11a. edição do Festival Internacional de Bandas Musicais, acontecimento de relevo internacional. Participarão 18 "corpi bandisti", provenientes da toda a Itália, Alemanha, Áustria e Suíça. Também se apresentará a banda do Corpo Nacional de Bombeiros, uma verdadeira orquestra de 70 membros, criada no pós-guerra e hoje fortemente reconhecida e aplaudida na Itália e no exterior.
Fonte: News Italia Press
La repubblica partigiana dell'Ossola
Città di Domodossola - Medaglia d'Oro al Valor Militare
Domenica 30 settembre 2007
Programma
h 10.30 Piazza Matteotti Ritrovo presso Monumento alla Resistenza
Ricevimento e onori al Gonfalone della Città Medaglia d’Oro al Valor Militare e ai Medaglieri
Alzabandiera e deposizione corona
h 10.45
Formazione corteo e sfilata per le vie cittadine:
C.so Paolo Ferraris, C.so F.lli Di Dio, Piazza Repubblica dell'Ossola,Via Garibaldi, Piazza Tibaldi, Via Osci, Piazza Mercato
h 11.00
Teatro Galletti
Saluto del Sindaco di Domodossola Michele Marinello
Saluto delle Autorità
Stefano Costa Sindaco di Baceno
"L'esperienza di Goglio"
Prof. Paolo Corsa Lenz
"I sentieri della libertà" percorsi partigiani tra storia e memoria
Presenzierà il Civico Corpo Musicale di Domodossola
Gli Enti sono inviati a partecipare con il Gonfalone
Info:
Comune di Domodossola Ufficio Cultura
tel. 0324 249001 r.a.2 fax 0324 484702
e-mail cultura@comune.domodossola.vb.it
Sito del comune: Vai
Second Life
O Second Life (também abreviado por SL) é um ambiente virtual e tridimensional que simula em alguns aspectos a vida real e social do ser humano. Dependendo do tipo de uso pode ser encarado como um jogo, um mero simulador, um comércio virtual ou uma rede social. O nome "second life" significa em inglês "segunda vida" que pode ser interpretado como uma "vida paralela", uma segunda vida além da vida "principal", "real". Dentro do próprio jogo, o jargão utilizado para se referir à "primeira vida", ou seja, à vida real do usuário, é "RL" ou "Real Life" que se traduz literalmente por "vida real".
Esse ambiente virtual tem recebido ultimamente muita atenção da mídia internacional, principalmente as especializadas em, pois o número de usuários cadastrados e também os ativos têm crescido significativamente, e ainda cresce em forma exponencial.
Para saber mais, clique aqui
Site do desenvolvedor
Download do programa
Teatro Municipal de São Paulo apresenta ópera de Verdi na próxima sexta-feira
O Teatro Municipal de São Paulo apresenta, na próxima sexta (28), trechos de "Ernani", a quinta ópera do compositor italiano Giuseppe Verdi (1813-1901.O concerto terá a regência do maestro José Maria Florêncio e traz no elenco o tenor búlgaro Kaludi Kaludow no papel-título e a soprano Adélia Issa como a personagem Elvira.
O texto da ópera conta a história do líder de um grupo de assaltantes, que disputa o amor da nobre Elvira com o rei de Castela. Ao ser eleito imperador, o rei perdoa Ernani e concorda com seu casamento com a moça. No entanto, um antigo pretendente de Elvira cobra uma dívida de honra de Ernani, que se mata diante da noiva.
A ópera estreou em 1844 no teatro La Fenice, em Veneza. O texto foi escrito pelo poeta e libretista italiano Francesco Maria Piave (1810-1867), com inspiração no romance homônimo do escritor francês Victor Hugo (1802-1885). A ópera é encenada com freqüência em teatros pelo mundo.
Também estão no elenco o barítono Lício Bruno no papel do rei Don Carlos e o baixo Peppes do Vale, que faz o nobre Don Ruy Gomez de Silva. O Coral Lírico foi preparado pelo maestro Mário Zacarro.
Trechos da ópera "Ernani"
Quando: 28 de setembro, a partir das 21h
Onde: Teatro Municipal (Pça. Ramos de Azevedo, s/nº, Centro)
Quanto: R$15, R$12 e R$10, dependendo do setor e da visão do palco
Fone: 0/xx/11/3222-8698 (bilheteria) e 6846-6000 (Ticketmaster)
Fonte: Folha Online
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Galeria: Fausto Leali
Nato a Nuvolento provincia di Brescia, il 29/10/ 1944….( tempi duri, 2° guerra mondiale ) Sin da piccolo prova un grande interesse per la musica… e sara’ proprio quella la sua grande passione, e il suo lavoro. Il suo primo maestro di chitarra fu’ Tullio Romano; componente di un famoso gruppo” LOS MARCELLOS FERIAL”.
Miss Itália 2007
Silvia Battisti, 18 anos, foi eleita nesta segunda-feira (24/09) a Miss Itália 2007. O concurso aconteceu em Salsomaggiore e foi transmitido ao vivo pela rede de TV italiana RAI Uno.
Silvia, que representou a região de Veneto, nasceu em Verona, tem 1,80m e frequenta o último ano do Liceu Esportivo (o equivalente ao ensino médio no Brasil, com ênfase em práticas esportivas.
O título de Miss Itália 2007 foi entregue a Sílvia pela miss anterior, Claudia Andreatti. O cantor Eros Ramazzotti se apresentou durante a premiação, que contou com a participação de 100 garotas entre as finalistas.
Fonte: Agência EFE
O universo italiano será tema de seminário em Petrópolis
Museu Imperial de Petrópolis
Em Petrópolis, na Serra do Estado do Rio de Janeiro e conhecida mundialmente como Cidade Imperial das Américas, acontecerá no mês de setembro um grande evento que fortalecerá a cultura italiana que está arraigada em sua história.
No dia 27, quinta-feira, um grande Seminário intitulado “(Re)Descobrindo a Itália: Novas Potencialidades”, reunirá importantes personagens da Itália no Brasil hoje para debater sobre temas da cultura, do comércio e indústria, educação e história, o que mais tem em Petrópolis. Um evento único em que o público terá a oportunidade de apreciar a grande contribuição que os italianos deixaram na região e deixam atualmente nas relações bilaterais, que cresce a cada dia.
O evento surgiu de uma idéia da Fundação Dom Cintra, que nasceu para dar apoio à Universidade Católica de Petrópolis, que queria contribuir com a programação de grandes festas de imigrantes que acontecem hoje na Cidade Imperial, como a Bauernfest e a Festa D´Ítália. Em junho foi realizado um seminário sobre a Alemanha, e como foi muito bem aceita pelo público, parceiros e comunidade acadêmica, este segundo seminário da série (Re)Descobrindo a Itália, promete ser especial.
Na programação estão representados diversas entidades como o Consulado Geral da Itália, o Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, a Obiettivo Lavoro Recursos Humanos, a Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria, a Associação Cultural Ítalo-Brasileira (ACIB) e o Instituto Nacional de Assistência Social-RJ (INAS). O SEBRAE-RJ e o Instituto Histórico de Petrópolis completam a agenda. Neste contexto o evento acontecerá na Universidade Católica de Petrópolis a partir das 8:30h até às 17:30h. O Prédio em si já é um ponto turístico, pois está posicionado em frente ao Relógio das Flores e a Casa de Santos Dumont, oportunidade para os participantes descobrirem ainda mais sobre o universo italiano.
Uma iniciativa que reúne num só dia diversos representantes italianos e chance para os interessados buscarem informações sobre cursos de emfermeiros na Itália, facilidades para descendentes no reconhecimento do processo de cidadania, ou apenas ampliar um pouco mais do que a Itália pode oferecer no campo cultural e comercial. Ao final o seminário contará com uma palestra do Cônsul Geral Dr. Ernesto Massimo Bellelli e será encerrado pelo Bispo Diocesano de Petrópolis, Dom Filippo Santoro.
Será uma grande reunião de oportunidades ítalo-brasileiras que abrirá no dia 27, durante o dia, a IV Festa D´Ítalia, evento que segue até o dia 30 de setembro na Companhia Petropolitana em Cascatinha, bairro que reuniu muitos italianos no passado e hoje é um marco à história da imigração italiana em Petrópolis.
As inscrições são gratuitas e limitadas. Para participar é necessário a confirmação da presença até o dia 24 de setembro, segunda-feira, pelo telefone (24) 2244-4026 ou e-mail divisaodeeventos@ucp.br, informando nome completo, instituição/empresa que pertence, telefone para contato e e-mail. Informações completas sobre a agenda e palestrantes poderão ser adquiridas através do site www.ucp.br .
O Seminário, uma iniciativa da Fundação Dom Cintra e Universidade Católica de Petrópolis, conta com apoio do Centro de Estudos Culturais, Prefeitura de Petrópolis, Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis, e apoio cultural do Restaurante Luigi, do Insituto Italiano de Cultura e da Revista Comunitá Italiana.
O seminário será realizado no Auditório II da Universidade Católica de Petrópolis, à Rua Barão do Amazonas, 124, Centro, Petrópolis. Maiores detalhes com Marcos Oliveira, Coordenador Geral, através do e-mail: mktucp@hotmail.com
Programação:
08:30h - Recepção e Credenciamento
09:00h - Abertura Oficial
09:20h - Palestra “Os Primeiros Italianos em Petrópolis”
Prof. Paulo Roberto de Oliveira, Historiador e Membro do Instituto Histórico de Petrópolis
10:20h - Intervalo
10:40h - Palestra “Turismo, Tecnologia da Informação e Empreendedorismo: Novos Temas no
Intercâmbio com a Itália” em homenagem ao Dia Mundial do Turismo e do Turismólogo
Experiência 1 - Sebrae-RJ
Experiência 2 - Câmara Ítalo-Brasileiro de Comércio e Indústria
12:20h - Almoço
14:00h - Painel “Cidadania, Assistência Social e Cursos de Idioma: Benefícios e Oportunidades
para os Descendentes”
Luciana Baldissara, Analista de RH da Obiettivo Lavoro
Rita Martire, Coordenadora do Instituto Nacional de Assistência Social (INAS/CISL-RJ)
Dr. Aldo Chianello, Presidente da Associação Cultural Brasil-Itália (ACIB)
15:45h - Palestra “A Cultura Italiana no Estado do Rio e o Instituto Italiano de Cultura” -
Apresentação do Site Oficial
Dr. Rubens Piovano, Diretor do Instituto Italiano de Cultura (IIC-RJ)
16:15h - Intervalo
16:30h - Palestra “uma Radiografia das Relções Brasil-Itália”
Dr. Ernesto Maximo Belleli, Cônsul Geral da Itália no Rio de Janeiro
17:30h - Encerramento Oficial
Dom Filippo Santoro, Bispo Diocesano de Petrópolis
Fonte: Divulgação por email
Tradições dos imigrantes italianos no RS (V)
As refeições - Parte I
O fogão doméstico, ou fogolaro, focoler ou focolaro era um quadrilátero de madeira, enchido de terra batida,sobre o qual se fazia fogo. Era fogo aberto, cuja fumaça escoava pelo telhado, no espaço que sobrava entre os caibros de sustentação do telhado e o próprio telhado.
Por isto,a pintura, nas primitivas cozinhas coloniais, inexistia, pois a fumaça terminava empretecendo as paredes. Eram escolhidos tipos de lenha especial, que não produzissem muita fumaça ou que fizessem a chama mais limpa.
Evitavam-se, pois, as lenhas úmidas, não bem secas ou as que produziam pouca chama.
O sistema de cozimento dos alimentos, em panelas de guiza ,(amálgama especial) realizava-se por suspensão das chamadas “cadene” (correntes).
As “cadene” constavam de fortes argolas, graduadas por um gancho especial, a fim de levantar ou abaixar as panelas em relação ao fogo.
Como o fogo doméstico servia, no inverno, para aquecimento do lar, havia, ao redor do focolaro ,um jogo de bancos, ou a própria caixa da lenha ou da farinha era feita em forma de banco para servir de assento às pessoas, durante o preparo das refeições.
Por ocasião das chuvaradas rápidas que molhavam superficialmente as roupas em vez de trocá-las, as pessoas acercavam-se do fogo até enxugar suas roupas, enquanto aguardavam o tempo limpar...
O fogão doméstico,ou fogolaro ,focoler ou focolaro era um quadrilátero de madeira,enchido de terra batida,sobre o qual se fazia fogo. Era fogo aberto, cuja fumaça escoava pelo telhado ,no espaço que sobrava entre os caibros de sustentação do telhado e o próprio telhado.
Por isto,a pintura, nas primitivas cozinhas coloniais, inexistia ,pois a fumaça terminava empretecendo as paredes. Eram escolhidos tipos de lenha especial, que não produzissem muita fumaça ou que fizessem a chama mais limpa.
Evitavam-se pois, as lenhas úmidas, não bem secas ou as que produziam pouca chama.
O sistema de cozimento dos alimentos, em panelas de guiza ,(amálgama especial) realizava-se por suspensão das chamadas “cadene” (correntes).
As “cadene” constavam de fortes argolas, graduadas por um gancho especial, a fim de levantar ou abaixar as panelas em relação ao fogo.
Como o fogo doméstico servia, no inverno, para aquecimento do lar, havia, ao redor do focolaro ,um jogo de bancos, ou a própria caixa da lenha ou da farinha era feita em forma de banco para servir de assento às pessoas, durante o preparo das refeições.
Por ocasião das chuvaradas rápidas que molhavam superficialmente as roupas em vez de trocá-las, as pessoas acercavam-se do fogo até enxugar suas roupas, enquanto aguardavam o tempo limpar...
Em muitas famílias, aproveitava-se o tempo de preparo da janta, para, ao redor do focolaro ,rezar o terço em família.
O calor do fogo doméstico, as noites escuras e o cansaço de um dia de trabalho provocava,facilmente, o sono nas crianças que, logo após a janta começavam a dormir sobre os bancos, embaixo da mesa, ou atrás da porta.
Em muitos casos, ou os pais ou irmãos mais velhos levavam para cama, ou as acordavam para participarem do terço, que era rezado após a janta, duranta a lavagem da louça.
Quem levasse à cama ,devia ter o cuidado de fazê-la urinar, tomar um copo de água, para não vir a ter sede durante a noite.
Fonte: Extraído do livro “Os italianos do Rio Grande do Sul”,de Luis A. De Boni e Rovílio Costa. Est-Correio Riograndense-EDUCS
Colaboração e adaptação: Mirna Borella Bravo
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Campanha polêmica contra anorexia é lançada na Itália
Cartaz traz imagem de modelo nua que aparenta sofrer o distúrbio.
Fotógrafo Oliviero Toscani ficou famoso por campanhas de impacto da Benetton
O fotógrafo italiano Oliviero Toscani, que ficou famoso por suas campanhas polêmicas para a grife Benetton, lançou nesta segunda-feira (24) uma inciativa contra a anorexia em plena semana de moda de Milão.
A imagem impactante da campanha traz a foto de uma garota nua e extremamente magra, com a inscrição "No Anorexia". A campanha é financiada pela marca de roupa italiana "No-l-ita".
Além de enormes painéis pelas ruas de Milão, o anúncio foi publicado nos principais jornais da Itália, em fotos de duas páginas.
O fotógrafo já fez várias campanhas para a Benetton entre 1982 e 2000, entre as quais abordou a questão do racismo e mostrou doentes terminais que eram portadores do vírus HIV.
Fonte: O Globo on line
domingo, 23 de setembro de 2007
É Primavera !
A Primavera iniciará às 06h51 do dia 23 de setembro de 2007, hemisfério sul. O Alèitália saúda essa estação das flores, da alegria, do amor com as palavras de Cecília Meireles.
Primavera
Cecília Meireles
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.
Foto: Orquidário Leila Ossola
Semana da Moda em Milão
Cerca de cem desfiles compõem a semana de moda de Milão que foi aberta ontem, 22 de setembro. Ao todo, o evento apresentará 233 novas coleções para a temporada Primavera-Verão de 2008.
Grifes como Prada, Armani, Roberto Cavalli, Moschino, Trussardi, Gucci e Versace desfilarão pela passarela de Milão, que vai receber mais de 15 mil compradores e jornalistas de 42 países, segundo dados da Câmara Nacional de Moda.
Pela primeira vez, a principal vitrine da moda italiana vai promover uma série de eventos culturais. Sob o nome "Enjoy Milano", a iniciativa fará com que restaurantes fiquem abertos até depois da meia-noite e que lojas e museus públicos, entre outras opções de lazer, funcionem até 22h.
A programação cultural ainda conta com uma retrospectiva dedicada à estilista inglesa Vivienne Westwood, que há 35 anos lançou o estilo punk.
Fotos surrealistas e oníricas do americano David LaChapelle, assim como registros do italiano Gian Paolo Barbieri, também poderão ser vistas em outras duas mostras.
A semana de moda de Milão termina em 29 de setembro.
Fonte: Agência EFE
Bienal do Livro
Estande da Bienal do Livro do Rio (Foto: Alícia Uchôa)
No último fim de semana de Bienal do Livro uma programação intensa de lançamentos, autógrafos e debates espera o público no Rio Centro. Sexo, humor, mulheres, homens e crianças são temas de algumas das de bate-papos e livros das mais de 40 atrações desta reta final, que tem Paulo Coelho, Ferreira Gullar, Lygia Fagundes Telles, Ziraldo, Cacá Diegues e a americana Cecily von Ziegesar, autora de “Gossip Girl”.
No final da maratona literária, é bom ter agenda a postos para não se perder e disposição para bater perna. Lançando o fofo “Menina das Estrelas” na Bienal, Ziraldo vai estar sábado (22), às 15h, na Esquina do Leitor em “Brincando com personagens: Ziraldo e sua turma”, às 17h, ele autografa o livro no estande da Editora Melhoramentos e repete a dose no domingo, às 15h. O bate-papo na Esquina segue, às 17h, com Lygia Fagundes Telles falando de “Lirismo e Memória” com Manuel Alegre.
Livro, internet e cinema. O escritor Paulo Coelho marcou para domingo (23) sua presença na Bienal. Mas, desta vez, o mago vai participar de maneira virtual. A partir das 16h, ele fará uma vídeo conferência para responder a perguntas de leitores e internautas, no auditório Raquel de Queiroz. Os visitantes podem acompanhar a transmissão simultânea no estande da Editora Planeta ou através do site: www.paulocoelhonabienal.com.br.
A programação de domingo garante uma pitada de humor na Bienal. O grupo O Grelo Falante, que reúne cinco amigas sem papas na língua, marca presença na Arena Jovem, às 14h, no bate-papo “O Grelo Falante ataca de novo: Saiba tudo sobre tudo o que você já sabe”.
A porção feminina das mesas montada no evento traz ainda a atriz Júlia Lemmertz em “A mulher: A forma feminina de amar”, com Malvine Zalcberg, no Botequim Filosófico.
Seguindo a linha mulherzinha, uma das estrelas da festa do livro, a americana Cecily von Ziegesar fala à mulherada em “Gossip Girl: Meninas Espertas”, às 15h, na Esquina do Leitor. No currículo da autora, são mais de 2 milhões de cópias vendidas das séries adolescentes “Gossip Girl” e “It Girl”.
Os amantes de poesia não precisam se preocupar, têm espaço reservado. Às 17h, o poeta Ferreira Gullar se encontra com o público no Jirau da Poesia.
Serviço
Onde: Riocentro (av. Salvador Allende, 6.555, Jacarepaguá)
Quanto: R$ 10 (estacionamento, R$ 10)
Horário: domingo, das 10h às 22h
Site: www.bienaldolivro.com.br
sábado, 22 de setembro de 2007
Museu ao ar livre na Itália
O primeiro museu ao ar livre foi criado na região do Piemonte. Esse será o único no mundo em seu gênero, que é uma espécie de rede material e imaterial que cobrirá pontos panorâmicos das colinas e dos vales da região.
O projeto, que se chama Museu Difuso Astigiano (Muda),foi apresentado ontem no Castelo de Moasca, em Asti. É um projeto de valorização da paisagem, da enologia (estudo dos vinhos), da cultura e da formação locais, que prevê também a ativação de uma rede de obras artísticas que se estenderá pelas regiões de Langhe, Roero e Monferrato.
A primeira "sala" do projeto é o museu ao ar livre "Labyrinth e Pleasure Garden", situado no Complexo Monumental da Rocha de Costigliole d'Asti, idealizado e instalado por Jan Vercruysse, criador do projeto do Castelo Rorà.
No "Labyrinth & Pleasure Garden" a escolha de plantas, caminhos e riachos criam um percurso no interior da própria obra. Junto à primeira 'sala' encontram-se outras cinco, cada uma ligada a um artista. A sétima funcionará como ligação entre as obras de arte espalhadas pelo local.
O Muda recomeça o projeto dos Programas Territoriais Integrados, promovido pela região do Piemonte com a finalidade de unir a programação sócio-econômica com a planificação territorial.
Fonte: Ansa , Turim
Andrea Bocelli
Andrea Bocelli nasceu em Laiaitico(Toscana), na província de Pisa, Itália em 22 de Setembro de 1958. Casado com Enrica (27/06/1992), tem dois filhos, Amos e Matteo, do seu primeiro casamento.
Desde cedo Andrea tinha talento musical raro. Seus pais o encorajavam a tomar aulas de piano (aos seis anos), mais tarde aprendeu também a tocar flauta e saxofone.
Andrea estudou advocacia na Universidade de Pisa graduando-se Doutor em direito, atuando como advogado de defesa por um ano antes de iniciar sua carreira musical.
Andrea foi descoberto por Zucchero Fornaciari em 1992. Ele foi habilitado para interpretar toda forma de música, de baladas a óperas. Sua deficiência visual não foi impecílio para seu talento natural, que lhe permitiu quebrar as barreiras. Andrea, que tinha a visão fraca de nascença, sofreu um acidente em um jogo de futebol, quando tinha 12 anos de idade, e ficou totalmente cego. O cantor Zucchero o convidou para fazer parte da criação de "Miserere" em 1992. Em 1993 acompanhou Zucchero em sua excursão européia e fez muito sucesso com o solo de "Nessum Dorma". A sua estréia em San Remo Music Festival foi tremendo sucesso onde ele alcançou as mais altas marcas registradas para um artista novo com sua interpretação de "Il mare calmo della sera"
Em setembro de 1994, Andrea Bocelli foi pessoalmente convidado por Luciano Pavarotti para participar do Pavarotti International em Modena. Na ocasião, apresentou-se em dueto com Pavarotti, também com Bryan Adams, Andreas Vollenveider, Nancy Gustavsson e Giorgia.
Andrea Bocelli tem uma tremenda reputação no meio clássico. Ele tem se apresentado em óperas e recitais e diversos eventos marcantes incluindo uma apresentação para o Papa na Véspera de Natal em 1994.
Em novembro de 1995, ele visitou os Países Baixos, Bélgica, Alemanha, Espanha e França com "Night of the Proms". Ele compartilhou sua excursão com Al Jarreau, Bryan Ferry, Roger Hodgson mais Orquestra Sinfônica e Coro. Mais de 450.000 pessoas assistiram esses concertos e como um resultado direto, os dois primeiros CDs "ANDREA BOCELLI" e "BOCELLI" entraram nos primeiros lugares na Bélgica, Holanda e Alemanha onde permaneceram por muito tempo.
O segundo álbum "BOCELLI" recebeu o prêmio de platina duplo na Itália, platina sêxtuplo na Bélgica, e platina quadruplo na Alemanha e Países Baixos. A canção "Con te Partirò", ficou em primeiro lugar durante 6 semanas na França, e 12 semanas na Bélgica.
Quando o terceiro algum de Andrea Bocelli "VIAGGIO ITALIANO" foi lançado na Itália vendeu mais de 300.000 cópias em poucos meses. O CD é uma mistura de melodias famosas e canções tradicionais de Nápoles e é um tributo à todos os imigrantes do mundo.
O seu CD "ROMANZA" fez um tremendo sucesso no mundo ocidental. É uma compilação de canções populares, e a canção "Time to Say Goodbye" em dueto com a soprano Sarah Brightman, subiu imediatamente ao topo dos quadros, como fez sua versão solo "Con te Partirò".
Com vendas que se aproximam de três milhões de cópias, e um prêmio de platina sêxtuplo, "Time to Say Goodbye" tornou-se o CD mais vendido. Na Alemanha "Time to Say Goodbye" ficou em primeiro lugar durante 14 semanas.
"ROMANZA" já recebeu prêmio por vendagem em todos os países de lançamento. Na França, Países Baixos, Bélgica, Suíça e Áustria. No Reino Unido onde Bocelli era completamente desconhecido, ao ser lançado Romanza, transformou-o em um astro em apenas 7 dias.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Imigração italiana no Brasil
Foi apresentado anteontem, na sede da embaixada brasileira em Roma, na Piazza Navona, o livro “Travessias Brasil-Itália”, de autoria de Aniello Angelo Avella, Cléia Schiavo Weyrauch e Maria Aparecida Rodrigues Fontes (Rio de Janeiro, Ed. UERJ, 2007). A obra é uma contribuição crítica de intelectuais brasileiros e italianos, que nos últimos anos, no âmbito do acordo entre a Universidade de Roma Tor Vergata e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, dedicam-se ao estudo das trocas culturais entre os dois países, com particular interesse na presença italiana na construção da modernidade do Rio de Janeiro. Saiba mais
Genealogia
Sofia Villani Scicolone
20.09.1934
CLínica Regina Margherita, Pozzuoli, Campania, Itália
Genitori
Padre: Riccardo Scicolone
Madre: Romilda Villani * 1910
Matrimoni
Carlo Ponti (17/09/1956 a 1962, anulado)
Carlo Ponti (09/04/1966, pela segunda vez)
Figli
Carlo Ponti Jr * 29.12.1968 Andrea Mészáros
Edoardo Ponti * 06.01.1973 Suzana Drobnjakovic
Atriz e "sex-symbol" cinematográfica (estréia em "Il Voto", 1950).
fontes: Geneall e Projeto VIP
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Hoje é o dia de San Gennaro
O Milagre de San Gennaro é a data que se comemora todo ano em Nápoles, no primeiro sábado de maio, enquanto em 19 de setembro ocorre a celebração do Martírio. Poucos sabem que Januário era o nome verdadeiro do santo.
San Gennaro nasceu em Nápoles, no ano 270 d.C. Nada se sabe ao certo sobre os primeiros anos de sua vida. Em 302 foi ordenado sacerdote, e por sua piedade e virtude foi escolhido, pouco depois, para Bispo de Benevento. Sua caridade, infatigável zelo e solicitude pastoral desterraram de sua diocese a indigência, tendo ele socorrido a todos os necessitados e aflitos.
Liquefação do sangue
As datas da liquefação do sangue de San Gennaro são celebradas com grande pompa e esplendor. As relíquias são expostas ao público, e se a liquefação não se verifica imediatamente, iniciam-se preces coletivas. Se o milagre tarda, os fiéis compenetram-se de que a demora se deve a seus pecados. Rezam então orações penitenciais, como o salmo “Miserere", composto pelo Santo Rei Davi.
O sangue de San Gennaro está recolhido em duas ampolas de vidro, hermeticamente fechadas, protegido por duas lâminas de cristal transparente. A ampola maior possui 60cm cúbicos de volume; a menor tem capacidade de 25cm cúbicos. Em geral, o sangue endurecido ocupa até a metade da ampola maior; na menor, encontra-se disperso em fragmentos. Assista ao vídeo logo abaixo.
Para saber mais sobre San Gennaro, clique aqui
Italianos do exterior: "um recurso extraordinário"
Município italiano dedica 15 ruas a Luciano Pavarotti
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Mundo virtual
Belo Horizonte recebe Mostra Piemonte Torino Design
O objetivo da exposição, organizada pela Câmara Ítalo-brasileira de Comércio de Minas Gerais, em parceria com o governo da Região Piemonte e o governo do Estado, é mostrar ao mundo a excelência do design do Piemonte, região localizada no Norte da Itália.
A mostra, inaugurada em Turim no ano de 2006, em ocasião das Olimpíadas de Inverno, já passou por Canton, Seul, Ningbo, Hong Kong, Kyoto, Hanói e Santiago, de onde parte para Belo Horizonte.
No total, serão 24 áreas temáticas, com mais de 200 tipos de objetos, de 150 designers e 170 empresas, em cerca de 600 metros quadrados.
Do mais fino e arrojado ao mais lúdico e prático, o evento vai mostrar ao público objetos únicos e de uso cotidiano, com material e tecnologia inovadores desenvolvidos por designers e empresas piemontesas.
Os piemonteses utilizam o design para chamar a atenção dos olhos dos consumidores, aguçar os sentidos e oferecer conforto e inovação. Por isso, durante a mostra, serão exibidos itens que vão de chocolate a peças de carros, de móveis a chapéus, de tocha olímpica a artigos de cozinha, entre muitas outras curiosidades.
MOSTRA PIEMONTE TORINO DESIGN
Local: Palácio das Artes (Galerias Genesco Murta e Arlinda Correa Lima)
Data: De 09 a 21 de outubro (08/10 – Abertura para convidados)
Site: www.piemontetorinodesign.it
Realização: Câmara Ítalo-brasileira de Comércio e Indústria de Minas Gerais
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Verão 2007 em Nápoles
Em cada lugar, um evento
Cinema, teatro, música, esportes, dança e muito mais fazem parte do verão napolitano deste ano.
O teatro no Maschio Angioino, o cinema nos parques, o cabaré no Castel Sant'Elmo e tanto mais, tudo nos lugares mais bonitos de Nápoles. Além de animar o verão dos napolitanos e dos turistas, valoriza-se os monumentos, extraordinárias locações naturais.
De "Napulèstate" serão protagonistas castelos e parques, praças e jardins, onde se ouvirá boa música e se assistirá a ótimos filmes, se dançará o tango e se rirá com os "cabarettisti" que se apresentam nos melhores teatros.
Informações detalhadas sobre o evento podem ser obtidas no site do Comune di Napoli
Tradições dos imigrantes italianos no RS (IV)
O lazer
“A ausência de recursos materiais para a prática de esportes e atividades recreativas, fez com que nas primeiras décadas o lazer, sob forma de encontros em famílias (reuniões de vizinhos) ou encontros nas capelas, recebessem a primazia.
Os jogos diferentes e os esportes foram aparecendo como forma de entretenimento e do cultivo de estar juntos. Não se jogava por dinheiro ou por taças, prêmios e juiz, mas como forma de passar o tempo juntos e de diversão. Por isto, os jogos de baralho, bochas e outros, oportunizavam o crescimento dos contadores de histórias, dos piadistas, dos tomadores de vinho, graspa e cachaça.
No ambiente da família, o filó tinha lugar principalmente nas temporadas de trabalhos artesanais: preparar palha de milho para chapéus, cestos, bolsas etc. As senhoras aproveitavam o horário após a janta para costurar, remendar roupas de trabalho. Os homens e rapazes auxiliavam nos diferentes trabalhos ou jogavam (jogos de baralho). O filó, propriamente dito, como institucionalização do lazer, congregava várias famílias para conviver, conversar, comer e cantar.
Várias famílias combinavam de se encontrar ao entardecer, para juntas fraternizarem as próprias experiências. Nesses encontros floresceram a música, a poesia e o humorismo, próprios dos imigrantes. O canto e as manifestações familiares: comida e bebida eram respostas ao profundo desejo de conviver.
Amar e ser amado. O homem só se realiza ao nível da comunicação, não do egoísmo, da auto-suficiência, do egocentrismo.
É no dar-se aos outros que ele se encontra e se realiza. É salvando os outros que salva a si mesmo. E os nossos antepassados bem compreendiam isto.
Talvez não soubessem dizê-lo. Não eram catedráticos. Mas foram mestres em ensinar a bem viver...
Extraído do livro
Assim vivem os italianos. Autores: Rovílio Costa e Luis A. De Boni
Editora Est (RS).
Colaboração: Mirna Borella Bravo
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Exclusivo: entrevista com Frei Rovilio
Frei Rovilio Costa nasceu em Veranópolis (RS) em 20-8-1934. Licenciado em Filosofia e Pedagogia, é Mestre em Educação e Livre Docente em Antropologia Cultural. Foi professor da Faculdade de Educação da UFRGS, diretor e professor da Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, de Porto Alegre. Atuou como Vigário Paroquial em Ipê, Antônio Prado, na paróquia Sagrada Família de Porto Alegre e atualmente vigário da Igreja Maronita Nossa Senhora do Líbano de Porto Alegre. É fundador e diretor de EST Edições e membro do Instituto Histórico de São Leopoldo, da Academia Rio-Grandense de Letras e da Academia Brasileira de Jornalismo.
Autor de Psicologia da fraternidade religiosa, 1973; Sociopsicologia, 1973; Personalidade e ciência social, 1974; Primado da pessoa na vida cristã, 1974; Imigração Italiana no RS: vida, costumes e tradições, 1975; Antropologia visual da Imigração italiana, 1976; Descrição dos antecedentes da delinqüência juvenil em Porto Alegre, 1976; Delinqüência juvenil: antecedentes, 1976; Os italianos do RS, 1980; Assim vivem os italianos, 3 v., 1982; Práticas de comunicação, 1983; Imigração Italiana no RS: fontes históricas, 1988; Povoadores da Colônia Caxias, 1992; Colônia Caxias: origens, 1993; Colônias Italianas Dona Isabel e Conde d'Eu, 1991; Povoadores das colônias Alfredo Chaves, Guaporé e Encantado, 1997; Os capuchinhos do Rio Grande do Sul, 1996; Povoadores de Cotiporã, 2 vs. 1998; Raízes de Veranópolis, 1998; Far la Mèrica, 1991; Gli Italiani del RS, 1987; La presenza italiana nella Storia e nella cultura del Brasile, 1990.
Por e-mail, Frei Rovilio Costa concedeu a seguinte entrevista ao blog:
Blog - Frei, temos lido muito a respeito de suas pesquisas sobre imigração italiana, alemã e outras. Por que as pessoas se interessam tanto pela descoberta de sua ancestralidade? Apenas para o resgate da história familiar ou por causa de cidadania?
FRC - O útil sempre é procurado por primeiro. De fato, muitos jovens buscam apenas a cidadania, seja italiana que outras. Outros têm o sonho de conhecer a terra dos antepassados, então querem identificar dados, pessoas e lugares originários. E os relatos do encontro com parentes longínquos e com o solo originário são apoteóticos em emoções, lágrimas, imaginações, retornos, avanços... Recria-se a história a partir do que se ouviu, do que se imaginou e do que se encontra. Quando parentes, por desconfiarem de meros interesses, não recebem os emigrados, a revolta e a raiva tomam conta. Indiscutivelmente há hoje um interesse identitário, que surge como o diferencial entre famílias e grupos comunitários. Mesmo os que inicialmente buscam dados materiais para cidadania ou viagens, ao se encontrarem com o locus da emigração, mudam completamente seu pensar e passam à sua história se apaixonar.
Blog – Cidadania: o que muita gente busca, apenas levantar os dados de um ancestral para fins de cidadania é, em sua opinião, omitir o resgate às raízes, sem se importar com a história, dando mais valor à documentação?
FRC - Não vamos julgar a partir do imediatismo. Quem procura dados para a cidadania tem ao menos interesse em se assumir como italiano, alemão, belga, mesmo que seja por interesse. Se olharmos a prática, só busca estudar a genealogia e a história quem delas já está longe, morando em centros urbanos, longe de familiares e grupos de convivência étnica, o que não desperta interesse para quem ainda vive o contexto espontâneo da imigração e sua seqüência. Então, os progressivamente interessados no resgate da história pessoal são as pessoas de médio para alto nível cultural e socioeconômico, que vivem em contexto culturalmente diversificado, que deseja viajar, estudar no planeta humano, precisando de alguma base que, no caso, é a própria cidadania originária. Não importam as razões por que as pessoas buscam a cidadania, importa sim que por caminhos diversos todos voltam a assumir a própria etnia e cultura e isto, no mundo global, é o diferencial. Ademais, direito de sangue não se avalia por conhecimentos lingüísticos, nem por maior ou menor afeição ao país de origem. Reside no sangue, e pronto.
Blog - Em sua opinião, qual a importância dos registros eclesiásticos na busca pela ancestralidade?
FRC - Até a República, os documentos eclesiásticos valem também para o civil. Embora a cidadania brasileira parta, hoje, do documento civil, em caso de necessidade se apela aos documentos eclesiásticos. Estes trazem também histórico próprio de pessoas, por exemplo, que optam apenas pelo casamento civil, e os documentos de batismo e crisma têm dimensão e significado próprio que poderia ser mais avaliado pela história também. Indicam a caminhada do grupo familiar e sua inserção na sociedade. Assim, as fotos de batizados, crismas, casamentos e óbitos são de relevância porque possibilitam mais caminhos para o resgate demográfico. Hoje, temos os registros religiosos da Santa Casa de Porto Alegre, que nos dão o retrato completo da demografia porto-alegrense no período em que a Santa Casa era único hospital e único cemitério. Os prontuários médicos da época são de uma valia que nunca mais vai se chegar a algo igual.
Blog - A Igreja Católica, com a instituição dos registros paroquiais nos permite o levantamento dos batismos e casamentos no período em que o registro civil no país ainda não era obrigatório. Podem ter ocorrido casamentos entre imigrantes (nosso foco) sem estes registros paroquiais? Se sim, como eram feitos?
FRC - Por princípio, os registros devem existir por ser o Catolicismo a religião oficial do Estado. A par, se italianos e outros fizeram seus registros religiosos em denominações religiosas não reconhecidas, mesmo assim servem para comprovação de origem. Não conheço casos de famílias sem registro algum. Porque o Império assumia os registros feitos pelo padre, não significa que os que não quisessem se registrar nas paróquias tivessem seu registro negado. Em Caxias, por exemplo, são básicos, os registros do Império, onde há os que se apresentaram ao padre e também os que se negaram a fazê-lo. Ninguém ficaria sem registro.
Blog - Qual a diferença entre "filho" e "filho legítimo" num registro de batismo? Filho legítimo é porque os pais eram casados legalmente?
FRC - Um filho é legítimo civilmente se casado conforme as leis do país, em vigor; é legítimo religiosamente, se os pais são casados na Igreja também. Por isto aparecem casos em que filhos são dados como naturais no civil e legítimos no religioso, porque quando tais filhos nasceram os pais ainda não haviam feito o casamento civil, mas apenas o religioso. Quando fizerem o civil, os filhos passam a ser legitimados. O mesmo acontecia com a Igreja, para quem casava no civil e só depois de nascidos filhos casavam no religioso, estes então passavam a ser legitimados perante a Igreja.
Blog - Por que em algumas dioceses (exemplo: Bagé - RS) as pessoas encontram tanta dificuldade para realizar suas pesquisas?
FRC - Em princípio, dados cartoriais, seja eclesiásticos que civis, são de sigilo familiar, não são dados de pesquisa. Para obtê-los precisa ter razões justificadas. Se cartórios de um ou outro fôro permitem a pesquisa, o fazem sob sua responsabilidade. O cartório é obrigado a pesquisar e dar os atestados solicitados, não, porém, a dar acesso direto aos livros de registros, o que seria de sua responsabilidade se o fizesse.
Blog - Registros de imigrantes que entraram pelo Uruguai ou pelo porto de Rio Grande - quão difíceis são de serem encontrados? Podem alguns desses imigrantes, que ingressaram pelo Uruguai, ou mesmo pela Argentina, terem entrado ilegalmente no país e com isto não termos registros deles?
FRC - Mesmo que tenham entrado ilegalmente, entraram registrados no país anterior, como é o caso de entrados via campos neutrais. Depois de no território, à medida das ocorrências ocorriam os registros. Não significa a inexistência de falhas, pois de 1968-76, em certa localidade do Estado, em trabalho voluntário num município da Grande Porto Alegre, encontraram-se famílias com um ou mais filhos não registrados. Lembro que, estes casos, não eram de descendentes de imigrantes europeus que se anunciam tais.
Blog - Como o senhor definiria "italianidade"?
FRC - A italianidade é auto-imagem e auto-estima positiva ou negativa de quem nasceu portando sangue italiano, nascido em qualquer parte do mundo. Seu significado pessoal se relaciona diretamente com a consciência que cada um tem de sê-lo, e se enriquece com a conservação de costumes, vivências culturais, como secundárias, porque evoluem de país a país. Sangue é essencial, consciência indica o estado atual e existencial.
Blog - Como o senhor vê o engajamento dos “oriundi” na luta por melhoria de atendimento em filas de consulados, direito à cidadania pelo lado da mulher italiana, para os nascidos antes de 1948 etc.? Concorda?
FRC - Minha impressão é que a Itália tem medo da reconquista de seus cidadãos nascidos fora do território. Um simples processo, instaurado no país do descendente, comprovando sua origem italiana, deve ser o suficiente para ser cidadão italiano, independente de saber o município de origem ou não. Ele é simplesmente herdeiro de um direito natural que não pode ser limitado nem embargado, diferenciando paternidade e maternidade. Comprovado que é filho de pai ou mãe italiana, está feito. E os juristas devem começar a se voltar aos 60 milhões de injustiçados descendentes sujeitos ao vexame, humilhações e, por vezes, explorações, para terem seu sangue reconhecido. Se é provado que o país recebeu seus genitores como italianos, a Itália deve ainda agradecer este acolhimento dados aos filhos que ela não tinha condições de manter em seu território. É um caso típico de direito internacional. O institucional não pode negar o pessoal.
Blog - Sabemos de sua participação em instituições como o Colégio Brasileiro de Genealogia e agora na Sociedade Genealógica Italiana do Brasil. Como podem essas instituições ajudar na busca genealógica ou no resgate da história familiar? Como elas se tornam importantes neste contexto? Por que é importante que pessoas estejam ligadas a instituições?
FRC - Precisamos lembrar que os imigrantes agrícolas, sobretudo vinham ao país em condições lamentáveis social, cultural e economicamente. Começaram tudo do zero, e não passaram aos filhos informações que não eram de interesse, no momento em que a sobrevivência era o apenas querido por todos. Se referissem à sua origem, referiam-se quando muito à Província. Como no país até os nomes estrangeiros deviam ser vertidos ao português, não havia nenhum interesse em registrar a localidade de origem, que, se existe, dependeu da livre vontade de quem fez os registros. Hoje, resgatar o solo, o país, a província, a região, o comune, pessoas e lugares, é essencial para o diálogo entre raças, culturas, etnias e línguas. Todo e qualquer registro, toda e qualquer luz que instituições e pessoas lançarem na história pessoal será um ganho cultural.
Blog - Seus livros são apreciados por um grande número de pessoas, especialmente por quem faz o levantamento de seus italianos e buscam a entrada nas colônias. O senhor tem mais algum plano de livros mais abrangentes sobre imigração italiana no Sul do país?
FRC - Meu plano seria publicar os registros de entradas no país desde 1924, quando começam as levas européias não portuguesas; a publicação das origens da população açoriana; tudo o que se refere à africanidade, sendo possíveis, sobretudo, óbitos e alforrias, dando oportunidade também a publicações sobre povos indígenas, prevalecendo a importância do resgate lingüístico, que considero básico para entender essas populações e conhecer a raiz maior do país.
Blog - Ainda sobre a pergunta acima, que tal um livro com os registros de entradas de todos (ou quase todos) os imigrantes italianos no Brasil? Entradas de navios, hospedarias etc.
FRC - Os órgãos que detêm as documentações nem sempre entendem nossas buscas e pretensões. Se entendessem facilitaria ao máximo, o que não acontece nem para o mínimo. Então, a gente vai catando, como galinha cata grãos de milho. Quem tiver dados e nos quer repassar, serão acolhidos em favor de todos. Mesmo com a informática, precisamos pensar naqueles que ainda não chegaram à máquina datilográfica, estes só podem chegar até o livro de papel, que no longínquo amanhã pode ficar como mero documento de épocas passadas. Não só as listagens de italianos, bem como dos demais, ao menos de 1875 até a I ou II Guerra, seria uma conquista sabermos quem entrou no Brasil, quando e para onde foi.
A entrada foi o primeiro passo, e as pessoas continuam andando nos descendentes, portanto estamos todos a caminho ainda. Caminhemos para trás, no começo da história e estaremos caminhando seguros para frente.
Blog - Teria alguma mensagem para deixar para as pessoas que, por vezes, passam anos em suas pesquisas e muito pouco ou nada avançam em suas descobertas?FRC - Eu diria a estas pessoas que comecem a história por si mesmas, registrando as próprias palavras, o próprio pensar, depois de se perguntar se isto é meu, ou herdado. Não procurar fora o que se tem em casa. O vizinho, o parente, o ancião podem saber dados de minha própria família. Nas veias temos o sangue de origem, vamos cultivar bem e valorizar estes, mesmo que não encontremos todos os dados que pretendemos. Até é melhor que sempre falte algo, para a pesquisa ter também o sabor do sonho, da criatividade, da garra, da conquista. Afinal, não caímos do céu, mas nossos pais tiveram que cavar a terra para nós termos a vida. São filhos do mínimo possível para existir e do máximo de utopias e sonhos para o próprio destino conseguir.
Blog - O que acha de publicar um livro contando breves histórias de famílias de pessoas que hoje fazem suas buscas?
FRC - Hoje, o livro é tão comum como um caderno que se compra para trabalho de aula. Cada pesquisador que fez a pesquisa de sua família deveria fazer um livreto simples, para estar à mão de todos os parentes, a fim de irem completando sua própria história. O grande livro para pesquisa genérica interessa aos pesquisadores, os livros familiares despertam vivenciadores. A vida é nosso pódio. E as histórias de vida começam o elo com o passado e o futuro. Somos o ontem e o amanhã no palco do hoje. O ponto fulcral da espiral é o familiar.
Desculpem o papo. Demos à historia a fisionomia que nossos antepassados queriam lhe dar quando pensaram em nos criar. Deus os abençoe e proteja.
Participação: Leila Ossola e Mirna Borella Bravo
Nossos agradecimentos a Marilene Bisatto Dorneles